Em reunião na manhã desta quarta-feira (27/01), a Prefeitura do Rio confirmou o início das aulas remotas na rede municipal em 8 de fevereiro. O município também anunciou a previsão para o retorno das aulas presenciais, no dia 24 de fevereiro, que será opcional. Contudo, para que isso ocorra, os profissionais de educação serão vacinados contra Covid-19 logo depois dos idosos.
Cerca de duas semanas após a volta às atividades educacionais, a Prefeitura deverá lançar o aplicativo Rio Educa, com aulas ao vivo. O objetivo é disponibilizar pacotes de dados de 1gb por mês para os cerca de 640 mil alunos.
O município também divulgou que neste primeiro momento, serão distribuídos livros, materiais e atividades para que os alunos estudem de casa.
Segundo o secretário de Educação, Rennan Ferreirinha, a intenção é criar também “ilhas de conexão” para receber alunos que não possam estudar de casa.
“Estaremos utilizando um aplicativo único que será um guarda chuva: o aplicativo Rio Educa, que será dividido em duas frentes; o Rio Educa em Casa e o Rio Educa na TV, que disponibilizará na TV aulas para todos os anos e interação ao vivo”, apontou Ferreirinha.
Veja o cronograma previsto
24 de fevereiro – fase 1 (pré-escola, 1º ano e 2º ano)
10 ou 17 de março* – fase 2 (3º ao 6º ano e 9º ano, além de creche com crianças a partir de dois anos que sejam filhos de profissionais de educação)
3 ou 10 de abril* – fase 3 (creche, 6º ao 8º ano, PEJA e classes especiais)
As datas apresentadas com asterisco (*) são estimativas. Elas só valem para as escolas que a Prefeitura do Rio considerem aptas a voltar a funcionar. Das 1443 unidades, segundo Ferreirinha, 43 estão em “estado crítico” e não têm condição de retornar. A reforma custaria entre R$ 25 milhões e R$ 35 milhões.
A lotação das escolas para a retomada das aulas vai depender do risco epidemiológico da região onde fica localizada a unidade. Haverá rodízios de estudantes, caso a demanda de alunos seja maior que a capacidade.
Atualmente, todas as regiões administrativas estão com risco alto — o segundo de três níveis. A distribuição por unidade será da seguinte maneira:
risco moderado – 75% de capacidade
risco alto – 50% de capacidade
risco muito alto – 30% de capacidade
O secretário de saúde, Daniel Soranz, afirmou que é momento de reabrir as escolas municipais.
“Não há nenhum motivo para a gente manter escolas fechadas, seguindo os protocolos de saúde. Escolas são equipamentos de proteção social fundamentais no nosso país. O Brasil foi o país por mais tempo com escolas fechadas, e segundo a secretaria é necessária a volta às aulas”, afirmou Soranz.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), demonstrou insatisfação com o fato de escolas terem ficado fechadas com casas de show e outros espaços permanecerem abertos.
“Vamos respeitar a ciência, não é achismo meu que a área de lazer tem que estar aberta, que a praia tem que estar aberta. A escola tem que ser a primeira a abrir, e a partir de agora vai ser a última a fechar”