Embora ainda não tenha assumido o cargo oficialmente, o prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), já vai colocando em prática algumas de suas ideias à frente do Poder Executivo da capital fluminense. Uma delas é a da Prefeitura assumir a gestão tanto da Cobal do Humaitá quanto da Cobal do Leblon, ambas na Zona Sul da cidade.
A municipalização dos empreendimentos, que já era um desejo antigo dos comerciantes locais, será tocada pela Secretaria de Fazenda e a Superintendência de Gestão Patrimonial. Com isso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, optou por suspender processos que tramitam na Justiça devido à inadimplência de alguns empresários donos de lojas nos 2 espaços.
Atuando na Cobal do Humaitá desde 1971, ano de sua inauguração, o comerciante português Manuel Pires, de 72 anos, proprietário do Hortifruti Mondego, mostra alívio e otimismo com a mudança de esfera administrativa do local.
”Estamos vivendo um período muito difícil com a pandemia e as limitações que ela impõe, como, por exemplo, a interdição do estacionamento, que acaba por afastar os clientes. No entanto, fico feliz com a municipalização, pois acredito que o cuidado com os comerciantes da Cobal venha a ser mais próximo com a Prefeitura do Rio do que com a Conab, em Brasília”, afirma ele.
Já para a advogada Milene Bedran, presidente da Associação dos Empresários do Humaitá, é motivo de celebração que a Cobal tenha, agora, novos ares de esperança acerca do futuro.
”A reunião conseguiu resolver uma luta que já durava mais de 20 anos. Foi bonito de ver o alinhamento entre os 3 poderes, os empresários e o entendimento da importância dos espaços para o Rio. Estamos muito contentes”, diz ela.
Tanto a Cobal do Humaitá quanto a do Leblon, vale ressaltar, funcionam como centros comerciais gastronômicos, contando com bares, restaurantes, hortifrutis, peixarias e floriculturas.