Prefeitura do Rio e Governo Federal debatem solução para os aeroportos Galeão e Santos Dumont

Autoridades se comprometeram em buscar uma alternativa para que os dois aeroportos possam trazer benefícios para o Rio e não se canibalizem

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Aeroporto Santos Dumont | Foto: Divulgação

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, se reuniu com os ministros de Portos e Aeroportos, Márcio França, e do Turismo, Daniela Carneiro, para debater o futuro dos aeroportos Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão) e Santos Dumont, na manhã deste sábado. Ao término do encontro convocado por Paes, foi informado que tanto o governo federal quanto a concessionária RIOgaleão vão procurar uma forma para se chegar a um acordo favorável a todos

Essa reunião teve dois objetivos muito claros: ouvir a concessionária atual, seus argumentos, e se ainda é possível a reversão da devolução do Galeão, já que o governo anterior tinha um desejo obsessivo e irresponsável de enxotar do Brasil a maior operadora de aeroportos do mundo. E nós acreditamos que sim, ainda há tempo. Até porque, o tempo a ser gasto e o custo de uma nova concessão serão péssimos para todos. E o segundo, mostrar a visão da cidade sobre a melhor distribuição de voos entre Galeão e Santos Dumont, para que o funcionamento de um não canibalize o outro, e evitar que ambos nos prejudiquem, encarecendo o preço das passagens, diminuindo a oferta de voos, turistas e empregos no Rio“, disse Paes.

Durante o encontro, Paes ressaltou que município e Estado, representado pelos secretários da Casa Civil, Nicola Miccione, e de Transportes, Washington Reis, estão juntos na busca por uma solução que beneficie o Rio. Já o ministro Márcio França evidenciou o pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por uma solução para o impasse criado, desde que a RIOgaleão optou por devolver a concessão ao governo federal.

O que ficou entabulado é que primeiro nós temos uma boa relação com a empresa que venceu essa licitação. É bom para o Brasil que tenhamos empresas com esse porte, com esse know-how nesse assunto, em especial aqui, no Rio de janeiro. Estamos falando de uma das maiores empresas do mundo, com muita capacidade, e, como todas as outras empresas no Brasil, também sofreu a partir da pandemia, que é um fato que também não é comum, é um fato inusitado. É como se tivesse um país entrando em guerra, naturalmente as condições que tinham durante a guerra não eram previsíveis quando se faz o contrato.  Vim dizer isso à empresa também, que temos essa consciência. A empresa demonstra a vontade de continuar, ninguém quer perder a oportunidade de colocar a sua própria marca numa cidade como Rio de janeiro, quer ter sua marca vinculada ao Rio de janeiro, e a empresa gostaria de permanecer. Em função de diversas situações criadas no governo passado, eles foram induzidos a fazer uma renúncia desse contrato, porque tinham a intenção de fazer os dois em conjunto. O que a gente quer é dar uma outra forma, que pode ser mais rápida e mais eficiente. Se for possível, bom. Se não for juridicamente, vamos encontrar uma forma para que a mesma empresa possa continuar concorrendo no Brasil. Nesse caso específico não houve uma atitude de renúncia à concessão, vamos estudar para que essa renúncia seja renunciada“, explicou o ministro de Portos e Aeroportos.

Além do futuro do Galeão e do Santos Dumont, a operação do aeroporto internacional durante o carnaval 2023 também foi debatida. O presidente da RIOgaleão, Alexandre Monteiro, garantiu que não existe a possibilidade de a operação sofrer um colapso, principalmente, porque a concessionária vai cumprir com todas as suas obrigações.

Também participaram do encontro o secretário municipal da Casa Civil, Eduardo Cavaliere, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, Chicão Bulhões, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, o deputado federal Pedro Paulo, o deputado federal Alessandro Molon, o deputado federal eleito Eduardo Bandeira de Mello, o subsecretário estadual de Turismo, Nilo Félix, e o prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo.

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2 COMENTÁRIOS

  1. a realidade ninguém quer ver: NÃO coexistem dois aeroportos na cidade. encaremos a realidade: o santos dumont já deu o que tinha de dar. a União devia vender a área e deixar a iniciativa privada fazer o que fosse melhor com ele. saudosismos ficam no passado.

  2. 1- Santos-Dumont restrito a voos da ponte aérea a SP-Congonhas (permitir voos para BSB, CNF ou GRU só serviria para fortalecer tais hubs, em detrimento do Galeão);
    2- Ligação aquaviária entre Galeão e Santos-Dumont;
    3- Ações de intensificação da segurança pública nos acessos ao Galeão;
    4- Revitalização dos principais acessos;
    5- Remoção de construções irregulares às margens da Linha Vermelha;
    6- Fim da tolerância com venda ambulante de produtos na via expressa;
    7- Implementação a médio prazo da extensão metroviária (ou VLT) desde a estação Estácio.

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