A cultura da cidade do Rio de Janeiro foi contemplada com um plano de investimento histórico: o “Viva Cultura Carioca“, que receberá o aporte de R$ 348 milhões da Prefeitura para a aplicação em 10 projetos desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Cultura, com base nas demandas de produtores culturais e da população.
“Quero destacar a importância do setor cultural como um ativo econômico da cidade do Rio de Janeiro. Quando falamos que essa cidade tem uma enorme capacidade de inovar, criar e de construir uma identidade nacional é por levar em conta a produção cultural que nós temos aqui no Rio. Quero mais uma vez renovar o nosso compromisso com o setor e dizer que é uma enorme honra e prazer ver o povo da cultura de novo animado e mobilizado. Viva a cultura carioca”, afirmou Eduardo Paes (PSD).
Do montante a ser investido, R$ 287 milhões, ou seja, 80% do valor, é proveniente dos cofres públicos. O restante é oriundo de repasses da Lei Paulo Gustavo e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura.
Durante o lançamento do programa, o prefeito do Rio explicou que uma fração desses repasses só deve ser destinada à cidade em agosto. Pelas regras do programa, segundo Paes, R$ 13 milhões devem, obrigatoriamente, ser investidos na área audiovisual, através da Riofilme.
Os 10 programas a serem contemplados com os recursos têm como base a territorialização e a democratização da cultura, de acordo com o secretário municipal de Cultura, Marcelo Calero (PSD).
“Com a territorialização das políticas culturais, garantimos que o investimento vai chegar nas regiões da cidade que mais precisam ser estimuladas. O Rio tem uma vantagem porque a opção cultural acontece com potência e diversidade. Mas sabemos que há determinados bairros que precisam de uma alavancagem mais forte do poder público”, disse Calero.
O Pró-Carioca, Programa de Fomento à Cultura Carioca, é um dos projetos do pacote. Ele prevê que 40% das verbas acima de R$ 300 mil sejam direcionadas às Zonas Norte e Oeste da cidade, com exceção da Barra da Tijuca, favelas da Zona Sul e do Centro.
“É uma forma de democratizar o acesso ao dinheiro público, para que outros lugares da cidade também recebam investimentos. Na maioria das vezes, infelizmente, as empresas investem mais nas áreas de eventos voltados para a Zona Sul e para a Barra da Tijuca. Quando se tem esse tipo de planejamento da Prefeitura, há uma democratização do acesso. Mais pessoas das periferias, das zonas Norte e Oeste poderão participar”, destacou Renê Silva, fundador da Voz das Comunidades, no Complexo do Alemão.
As informações são do jornal O Dia.