Por Mel Gadelha
Quem passa pelo Paço Imperial todo dia certamente já viu este varal. Pelo menos duas vezes por semana, Giovanni Filho, camelô e poeta, como ele mesmo assina seus versos, estende seu varal com dezenas de poesias pregadas entre dois postes.
Enquanto as poesias são secas, não pelo sol, mas pelos olhos curiosos de quem passa ali com pressa e não resiste em parar, o poeta fica sentado na calçada escrevendo mais. Quem gosta de um dos versos pode tirar o pregador e levá-lo para casa. O preço? "O que você achar que a poesia vale", responde Giovanni.