O projeto de lei do deputado de lei proposto pelo deputado Anderson Moraes (PSL) de extinção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) está sendo criticado pelos integrantes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O presidente da casa, André Ceciliano (PT) declarou que a medida não será levada a votação.
“Enquanto eu for presidente, não vota. É inconstitucional e isso seria atribuição do Poder Executivo”, diz Ceciliano, que exaltou o papel da Uerj na educação brasileira, com destaque para a relevante produção acadêmica no estado do Rio”. afirma o deputado.
Já o deputado estadual e presidente da Comissão de Educação da Alerj, Flavio Serafini (Psol), pontua que a proposta representa um retrocesso e um surto de autoritarismo.
” A proposta de extinguir a UERJ por meio de um projeto de lei, além de ser um surto autoritário é também absurda, pois seria um retrocesso para o estado e também inconstitucional já que a existência da UERJ é prevista no artigo 309 da constituição do Estado. Este anúncio é mais uma demonstração do que o projeto bolsonarista gostaria de fazer com o Rio e com as nossas universidades do que uma ameaça real”, defendo o parlamentar.
Além da extinção da universidade, conhecida pela excelência no ensino, o texto do projeto de lei protocolado na última terça-feira (25/05), também prevê que os bens da Uerj e seus alunos sejam remanejados para universidades particulares. Em sua conta no Twitter, o autor da medida alegou existir “balbúrdia nas universidades custeadas com o dinheiro do povo”.
De acordo com o Center for World University Rankings (CWUR), publicado em 26/04, a Uerj está entre as 10 melhores universidade brasileiras. A universidade é a oitava do país e ocupa a 13ª posição na América Latina e Caribe. Na listagem geral das 2 mil instituições mais bem avaliadas, de um total de 20 mil em 60 países, a Uerj aparece em 620° lugar na edição 2021 do ranking.
O Center for World University Rankings (CWUR) elabora desde 2012 um ranking mundial de instituições de ensino superior e leva em conta aspectos como qualidade de ensino, empregabilidade dos estudantes formados, desempenho, citações e relevância das pesquisas e qualidade do corpo acadêmico.
“Enquanto eu for presidente, não vota. É inconstitucional e isso seria atribuição do Poder Executivo”. Tirando o ponto que está na constituição estadual e parece ser competência do Executivo propor, realmente deve esperar-se que o Executivo proponha a lei. Agora, dizer que NÃO VOTA, não debate, só mostra o quão autoritária é a pretensão do presidente da assembleia, pois as ideias estão aí para serem votadas e ele recebe para isto.
Que pena.
Uma instituição que forma militantes, um puchadinho do capeta deveria acabar, além de ser bem onerosa pro estado e qualidade duvidosa.