Presidida por Freixo, Embratur esquece cidades do RJ

Erro apontado por liderança do setor teria sido cometido pelo Ministério do Turismo, que também tem à frente a ministra fluminense Daniela Carneiro

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Marcelo Freixo - Reprodução Internet

Uma gafe da Embratur, presidida por Marcelo Freixo, tem causado revolta pela Região dos Lagos após o lançamento do Livreto de Turismo Internacional ser lançado sem citar as cidades de Cabo Frio e Macaé. As principais críticas vieram do presidente do Conselho de Turismo da Região da Costa do Sol (Condetur), Marco Navega, que emitiu um ofício pedindo esclarecimentos sobre o dito esquecimento do órgão.

Ambas cidades têm valor turístico e histórico, atraindo turistas de outras partes do país e do mundo. Para Navega, o desleixo causa “evidente transtorno ao setor nestas localidades, que movimenta milhões de reais localmente e nacionalmente”.

De acordo com Navega, o Ministério do Turismo, em si, deveria ter considerado a posição da Costa do Sol no Programa de Regionalização do Turismo em âmbito nacional. O presidente do Condetur da Costa do Sol ainda lembrou a categorização que o Ministério classifica e orienta investidores nos diversos setores da economia do turismo de todo Brasil. “Prometeram publicar a correção, em breve, sem data definida. Na verdade, foi esclarecido que a causa do erro foi do Ministério do Turismo, que levou a Embratur a não incluir dois destinos maravilhosos que temos aqui no nosso estado”, explica.

Praia das Conchas Cabo Frio 01 Presidida por Freixo, Embratur esquece cidades do RJ
A histórica e bela Cabo Frio foi um dos municípios que ficaram de fora do Livreto da Embratur e gerou descontentamento de Marco Navega

Nas últimas eleições, Freixo, na época do PSB, disputou ao cargo de Governo do Estado e ocupou, durante anos, mandato de deputado estadual e, por último, federal. A ministra do Turismo, a deputada federal licenciada Daniela Carneiro também foi eleita pelo Rio de Janeiro, sendo sua base, a Baixada Fluminense, onde o marido dela é prefeito de Belford Roxo, mas a ministra é nascida em Campos dos Goytacazes, a 105 quilômetros da “esquecida” Macaé.

Em nota, a Embratur relata que, em fevereiro, recebeu dados do Ministério, relativos ao período de 2012 a 2017, para usar como base do material. O órgão ainda completou que o Ministério lançou um novo estudo em maio, com inclusão de municípios, que não estavam no estudo anterior e que será considerado na retificação. No estudo anterior, cidades menores do que Cabo Frio e Macaé, como Arraial do Cabo, Volta Redonda e Porto Real, já estavam listadas para receber cursos de qualificação que vão desde Manuseio dos Alimentos ao Programa de Qualificação Internacional em Turismo, entre eles Formação de Taxistas em Informações Turísticas.

Cabo Frio recebe turistas em especial no verão e tem como atrações fortes construídos no século XVII, como São Mateus do Cabo Frio, festas como o Cabofolia, que é considerado o maior carnaval fora de época do RJ, além de atividades náuticas e gastronômicas diversas. Já Macaé, além de ser um polo para o turismo de negócios por causa da economia do mar e forte presença de multinacionais, também concentra atividades de ecoturismo e se destaca pelo distrito da Sana, considerado o Paraíso das Águas.

Em nota, o Ministério do Turismo afirmou que o instrumento de categorização do Programa de Regionalização do Turismo, conforme consta na Portaria 41/2021, é o Mapa do Turismo – uma plataforma online, pública, atualizada constantemente e na qual constam tanto Macaé quanto Cabo Frio.

Acrescentamos ainda que, embora as áreas responsáveis por dados e estatísticas do Ministério não tenham sido consultadas, estamos sempre à disposição de todas as entidades, empresas e atores do setor do Turismo para auxiliar na formatação de políticas públicas e na elaboração de materiais destinados à promoção dos destinos brasileiros“, disse a nota.

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VIAAmanda Raiter
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Formada em Comunicação Social desde 2004, com bacharelado em jornalismo, tem extensão de Jornalismo e Políticas Públicas pela UFRJ. É apaixonada por política e economia, coleciona experiências que vão desde jornais populares às editorias de mercado. Além de gastar sola de sapato também com muita carioquice.

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