O Bloco da Preta, um dos megablocos mais populares do Carnaval do Rio, anunciou o cancelamento de seu desfile em 2023. A informação foi confirmada pela produção do evento na manhã desta quarta-feira (01/02). A assessoria da cantora informou, por meio de nota, que as atividades de Carnaval da cantora Preta Gil estão canceladas. A artista estará totalmente dedicada à sua recuperação de um câncer no intestino.
“Todos que convivem comigo e me conhecem sabem o quanto o carnaval é importante para mim e para os meus fãs. É um momento mágico, em que celebramos a vida e o amor. Este ano não conseguirei realizar os blocos, vou seguir o meu tratamento oncológico, com foco na cura. Mas tenho certeza de que no próximo ano estaremos juntos novamente”, diz Preta.
Com o cancelamento do Bloco da Preta, o desfile do Bloco Carrossel de Emoções, inicialmente previsto para ser realizado neste fim de semana, foi transferido para o domingo seguinte, dia 12. Cada vez mais querido na folia de rua do Rio, o bloco, que tem expectativa de atrair 50 mil foliões, fará o seu desfile um dia depois do Chora Me Liga, que promete atrair 30 mil pessoas às ruas do Centro no sábado, dia 11.
Faltando duas semanas para o Carnaval, a festa dos megablocos no Centro do Rio vai começar. Quem abre a programação, no domingo, às 8h, é o Bloco da Lexa, que estreia no Carnaval carioca com a promessa de arrastar 500 mil foliões.
A lista de megablocos que foram autorizados pela Prefeitura a desfilar passa a ter sete integrantes, ainda assim um recorde no Rio. Além da Lexa, do Chora Me Liga e do Carrossel de Emoções, outros quatro blocos de grande porte desfilarão pela Avenida Presidente Antônio Carlos, no Centro. O Cordão da Bola Preta promete atrair 1 milhão de pessoas no sábado de Carnaval, dia 18. Já o Fervo da Lud, que desfila na terça-feira, dia 21, tem uma expectativa de público de 600 mil. No sábado após o Carnaval, dia 25, é a vez do Bloco da Anitta, que espera atrair 100 mil foliões à Avenida Presidente Antônio Carlos.
No domingo, dia 26, o Monobloco encerra a festa dos megablocos, com expectativa de atrair 300 mil pessoas. A concentração de todos os desfiles está prevista para as 7h, com saída dos cortejos às 8h e encerramento ao meio-dia. A escolha do local dos desfiles se deu para facilitar a logística da dispersão.
A Polícia Militar ainda vai detalhar os controles de acesso no entorno da Avenida Presidente Antônio Carlos com detectores de metais e revista de foliões. A Riotur instalou dez torres de observação, cuja localização ainda será definida pela corporação.
O público estimado de foliões nas ruas da cidade para este ano é de cinco milhões de pessoas. A infraestrutura incluirá oito postos médicos fixos, dois a mais que em 2020. Destes, a metade com equipes da prefeitura e o restante de equipes privadas contratadas pela Dream Factory, empresa responsável, desde 2010, pela infraestrutura e pela produção do Carnaval de Rua do Rio de Janeiro. Ao todo, serão dois postos médicos fixos no Centro; quatro na Zona Sul (incluindo novos pontos na Gávea e no Aterro); um na Barra; e um no Recreio.
Segundo o município, os custos operacionais de infraestrutura previstos, no valor de R$ 39 milhões, serão captados por patrocínio. Além das 220 ambulâncias e dos postos médicos, haverá 34 mil posições sanitárias, entre banheiros químicos e mictórios, posicionados por onde passarão os blocos, sendo 10% para pessoas com deficiência (PCDs). O número de operadores de trânsito neste ano será de 3.250 agentes, em 2020 foram 1.500. A Comlurb vai atuar com 2550 garis, carros-pipa, equipamentos de higienização de urina, varredeiras de grande, pequeno e médio porte e mil contentores de 240 litros.
A prefeitura também começou a cercar monumentos da cidade, bem como jardineiras, principalmente da Zona Sul, para evitar que fossem danificados por foliões. Dez mil vendedores autônomos serão cadastrados, identificados com colete e receberão treinamento da Riotur para atuar nos blocos.