Pretinhas Leitoras lançam projeto de formação de contadores de histórias para adolescentes e jovens

Destinada ao moradores do Morro da Providência, a iniciativa conta com oficinas gratuitas e a inauguração da Biblioteca Erê, um espaço de fomento à leitura para a comunidade

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Formar contadores de histórias e incentivar a leitura. Esses são os objetivos do novo projeto das Pretinhas Leitoras, uma iniciativa criada em 2018 por duas meninas negras, Eduarda e Helena Ferreira, nascidas no Morro da Providência, a primeira favela do Brasil. Através de oficinas gratuitas com contadores, autores e uma formação multilinguística, a ação – que é direcionada para adolescentes do território – irá formar agentes literários que atuarão como mediadores na Biblioteca Erê, um espaço de incentivo à leitura que será inaugurado ao final do curso que começa nesta segunda-feira, dia 1º de julho. 

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As atividades serão realizadas na Associação Cultural Lanchonete<>Lanchonete, uma organização sem fins lucrativos, criada com, para e na Pequena África, no bairro Gamboa. Durante a formação os alunos terão oficinas de leitura dramatizada, escrita criativa, contação de história, Educomunicação e Tratamento de acervo. A seleção dos jovens para este projeto aconteceu após um ano de escuta, pesquisa e articulação no território. 

Elen Ferreira, Diretora Executiva do Instituto Pretinhas Leitoras e Coordenadora Técnica da Biblioteca Erê explica que o projeto será um espaço vivo de encontros, aprendizados e transformações, além da valorização dos jovens e seus potenciais.

“O desejo de construir uma sociedade amiga, é a ampliação de vivências coletivas que trouxeram-me a sensação de apoio e conforto enquanto mãe solo, negra e periférica. Para além de educar filhos e filhas, há uma necessidade de acolher as crianças silenciadas que fomos e hoje, adultas, necessitam apoiar novos seres humanos. Idealizar um projeto como a Biblioteca Erê, a partir da experiência Pretinhas Leitoras, é uma subversão ao pensamento individualista. Mais do que nunca, precisamos uns dos outros para sermos nós mesmas, enquanto corpo físico ou sociedade”, afirma Elen Ferreira.

Além das atividades de formação, o projeto ainda conta com a aquisição de 300 títulos de autores negros que irão compor o acervo da Biblioteca Erê. E uma mediação cultural será desenvolvida especificamente para pessoas com limitação intelectual ou mental. Os produtos criados durante esta mediação serão disponibilizados em formato alternativo de informação cultural como audiodescrição, livros em braille e língua de sinais. 

Ao final das oficinas, no dia 12 de julho, acontece a inauguração do espaço Biblioteca Erê, que será aberto a toda comunidade do entorno, a partir das 15h. E para marcar o encerramento do ciclo de formações, o projeto recebe o Baile charme com Crespinhos S.A. 

Como forma de manter a memória viva desse espaço educativo, o registro das oficinas e atividades resultarão em um documentário, que será apresentado no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB). 

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