Primeira escultura pública do Brasil, estátua D. Pedro I tem estrelas de metal do gradil furtadas

A estátua equestre de D. Pedro, fabricada na Europa, foi inaugurada em março de 1862, na Praça da Constituição, atual Praça Tiradentes

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Estátua equestre de D. Pedro I / Reprodução: site As Histórias dos Monumentos do Rio de Janeiro

A primeira escultura pública do Brasil, o monumento de D. Pedro I, reformando pela Prefeitura do Rio de Janeiro, para as comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil (1822-2022), celebrado em setembro, foi alvo de depredação. O monumento teve oito estrelas de ferro, que estavam instaladas na parte superior de um gradil, furtadas. Mas essas não foram as únicas peças furtadas da estátua, que fica na Praça Tiradentes, no Centro do Rio. Cinco pedaços do gradeamento, em forma de seta e instalados na parte inferior do monumento, também foram arrancados pelos ladrões.

A estátua equestre de D. Pedro, fabricada na Europa, foi inaugurada em março de 1862, na Praça da Constituição, atual Praça Tiradentes, à pedido D. Pedro II para homenagear o pai, o imperador D. Pedro I.

Em entrevista ao jornal Extra, o fundador da ONG S.O.S Patrimônio, Marconi Andrade revelou uma grande preocupação diante da dilapidação do patrimônio histórico nacional.

“A estátua foi totalmente feita na França. Veio para cá em um navio e foi montada no Brasil. Foi uma encomenda de D.Pedro II para homenagear o pai. Me preocupa muito a perda histórica. Hoje foi furtado parte do gradil, amanhã pode ser e o gradeamento inteiro,” declarou Marconi Andrade ao jornal.

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O Extra reportou matérias do jornal O Globo que mostraram os caminhos seguidos pelos metais furtados por usuários de drogas ou ladrões. O destino geralmente são ferros-velhos clandestinos ou irregulares, que compram as peças furtadas, misturadas às legais, em lotes por tipo de metal. Posteriormente, os fardos são revendidos à empresas recicladoras, encarregadas do beneficiamento do metal, que é limpo e prensado, tornando impossível a identificação do que é lícito ou não. Todo processo é realizado, inclusive, com nota fiscal.

O material, então, segue para indústria de transformação —metalúrgicas, siderúrgicas e laminadoras. Uma vez transformado em metais (tarugos), acaba alimentando as indústrias de bens de consumo, podendo virar um novo gradil ou, adicionados a outras matérias-primas, pode ser transformado vergalhões, fios, engrenagens e carcaças de automóveis.

Infelizmente, o crime praticado contra a estátua de D. Pedro I é recorrente no Rio de Janeiro. Na Praça do Campo de São Cristóvão foram furtados 644 acabamentos de ferro de um gradil, e partes metálicas de um coreto histórico, inaugurado em 1906. O monumento conta com peças confeccionadas com ferro importado da Inglaterra.

Por meio de nota endereçada ao jornal, a Secretaria Municipal de Conservação (SECONSERMA) lamentou o ato de vandalismo e adiantou que fará a reposição dos itens furtados do gradil da estátua de D. Pedro I.

“O monumento é uma das obras restauradas para o Bicentenário da Independência e entregues no dia 7 de setembro deste ano. Existe uma câmera no local e a investigação é de competência das autoridades policiais. A Conservação ressalta a importância de a população colaborar no combate ao vandalismo, ajudando a preservar a cultura e a história da nossa cidade e do nosso país,” comunicou a SECONSERMA.

As informações são do jornal Extra.

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