Com a vacinação contra a gripe suspensa na rede pública de saúde do Rio de Janeiro desde o fim da última quinta-feira (02/12) devido à falta de doses, tem aumentado, de lá para cá, a procura pelo imunizante nas unidades privadas da capital fluminense.
De acordo com informações da Associação Brasileira das Clínicas de Vacina (ABCVAC), entidade que congrega mais de 500 unidades em todo o país, houve uma ampliação significativa na demanda. ”Podemos falar em 300% de aumento desde que o surto começou na cidade”, revela Geraldo Barbosa, presidente da ABCVAC, que ressalta ainda que as clínicas particulares estão conseguindo dar conta da situação pelo fato de ainda terem em estoque imunizantes da campanha anterior, do início de 2021.
Vale lembrar que a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe acontece geralmente no começo do ano, e no segundo semestre costuma ocorrer apenas a imunização em crianças que completaram 6 meses de idade, por exemplo.
Para Geraldo, o setor privado tem papel importante na complementação ao Programa Nacional de Imunização (PNI). Ele reforça ainda que quem tomar a vacina agora, deve se imunizar novamente na próxima campanha – seja no posto de saúde ou nas clínicas particulares -, pois os imunizantes para a gripe são atualizados anualmente, devido às novas cepas.
”O que está acontecendo agora é o que chamamos imunização de bloqueio, e essa circulação anormal do vírus nesta época do ano deve-se à baixa cobertura vacinal que tivemos durante a campanha”, conclui Barbosa.
Nova remessa
Para esta quarta-feira (08/12), a Secretaria Estadual de Saúde informou que está previsto chegar ao Rio de Janeiro cerca de 100 mil novas doses de vacinas contra a gripe. A pasta, porém, não deu detalhes de como será feita a distribuição dos imunizantes aos 92 municípios fluminenses.
