Procurador do estado do Rio, Renan Miguel Saad foi preso, na manhã desta segunda-feira, 01/07, em mais uma etapa da operação Lava Jato. De acordo com a investigação, Miguel Saad recebeu R$ 1,3 milhão através da Odebrecht, dentro do esquema do ex-governador Sérgio Cabral, para dar pareceres favoráveis e alterar trajeto da Linha 4 do Metrô. Na época, ele era assessor jurídico chefe da Secretaria de Estado de Transportes (SETRANS), nomeado por Cabral.
A 7ª Vara Federal Criminal do Rio foi quem expediu o mandado de prisão temporária e os dois de busca e apreensão. O procurador foi preso em sua residência em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Os mandados de busca foram um no apartamento e outro no escritório dele, no Centro do Rio.
A investigação aponta que Saad era identificado na planilha da Odebrecht como “Gordinho” e os repasses ocorreram entre 2010 e 2012, conforme delação premiada do ex-diretor de contratos da empreiteira, Marcos Vidigal do Amaral.
Foram identificados pagamentos nove pagamentos, relacionados à obra da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, a Renan Saad no valor total de R$ 1, 265 milhão, nos seguintes dias e valores: 1) 10/09/2010 – R$ 185.000,00; 2) 24/09/2010 – R$ 100.000,00; 3) 04/11/2010 – R$ 90.000,00; 4) 01/12/2010 – R$ 90.000,00; 5) 08/07/2011 – R$ 400.000,00; 6) 06/10/2011 – R$ 100.000,00; 7) 30/11/2011 – R$ 100.000,00; 8) 16/02/2012 – R$ 100.000,00; 9) 18/04/2012 – R$ 100.000,00.
Além disso, Renan Saad também atuava como advogado particular, em um escritório que levava seu nome. A lei até permite, mas…