Produção de anabolizantes pode ser um novo nicho de mercado do tráfico de drogas no Rio

Compradores de produtos do mercado negro, consomem drogas sem qualquer tipo de qualidade e com alto risco para a saúde

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Insumos e macacões industrias encontrados na casa do criminoso / Divulgação

Agentes da 112ª DP (Carmo) chegaram a um laboratório clandestino de anabolizantes em Carmo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, na segunda-feira (20), após uma mulher dar entrada na delegacia para registrar uma queixa por ter sido vítima de violência doméstica e ofensas por parte do seu companheiro. Machucada, a mulher demonstrou nervosismo e medo de sofrer represálias por parte do agressor, que é violento e, segundo ela, trabalharia para integrantes do mercado negro de esteróides anabolizantes do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, e outras regiões do Brasil. De acordo com a vítima, esta não seria a primeira agressão sofrida. A mulher foi atendida no hospital da cidade.

Conhecido “Heisenberg de Carmo”, em alusão ao seriado Breaking Bad – por manipular produtos químicos – o homem foi detido e encaminhado para um presídio do Rio de Janeiro. Na cozinha da sua casa, os policiais encontraram um laboratório com esteroides injetáveis e em comprimidos, cuja venda é proibida no Brasil, os quais ele transacionava pela internet, enviando o material pelos Correios, sem quaisquer exigências ou garantias.

Insumos diversos para produzir outras drogas, rótulos falsificados de diversos anabolizantes, materiais para embalar comprimidos e injetáveis e produtos de origem desconhecida, que eram misturados às drogas produzidas, além de macacões usados por indústrias químicas, também foram encontrados pelos agentes públicos. Todo o material encontrado foi apreendido pelos policiais.

O delegado Heberth Tavares, responsável pelo caso, afirmou que todos os produtos encontrados seriam fabricação proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Basicamente rótulos autocolantes de diversas drogas, todas de fabricação vedada pela Anvisa, tais como masteron, anavar, primobolan, etc. Anavar já embalado, em comprimidos, e grande quantidade de masteron, injetável também proibido pela Anvisa, além de solventes, cápsulas vazias e alguns materiais que eram misturados e que, é preciso perícia, para se afirmar, do que se trata”, descreveu o delegado.

Os policiais acreditam que a produção de anabolizantes sejam um novo nicho de mercado do tráfico de drogas no Estado do Rio de Janeiro, uma vez que os insumos encontrados com o criminoso eram provenientes do Complexo da Maré.

“Heisenberg de Carmo”, que já tinha sido preso por violência doméstica, também recebeu voz de prisão por falsificar, adulterar, corromper, ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.

“Fica, ainda, o alerta a compradores deste tipo de produto do mercado negro, estando expostos à produtos sem qualquer garantia de qualidade ou procedência, expondo sua saúde a alto risco, alertou a Polícia Civil.

As informações são do jornal O Dia.

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