Professores de escolas públicas municipais do Rio de Janeiro decidiram na noite desta terça-feira (10/11), em assembleia virtual, permanecer em greve para impedir o retorno às aulas presenciais. Os profissionais de educação disseram que irão manter o ensino remoto à distância.
Os docentes estão em greve desde julho, quando decidiram não retornar às atividades presenciais enquanto a pandemia do novo coronavírus não estiver controlada. De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), professores e funcionários temem que o retorno possa aumentar os índices de contágio, colocando em risco não apenas esses profissionais, mas estudantes e familiares.
“Nós trabalhamos em duas, três escolas. Nossos alunos nem sempre moram perto da unidade escolar. Mesmo fazendo rodízio, vamos ter ampliação do deslocamento de estudantes, de famílias de professores e funcionários”, diz a coordenadora geral do Sepe, Izabel Costa.
Izabel alega também que as escolas não têm estruturas adequadas para o retorno.
“E mesmo que tivessem chegado aos índices aceitáveis [de contaminação por covid-19 na cidade do Rio], as escolas municipais não estão estruturadas para atender a todos os protocolos sanitários, não é só álcool em gel e sabão. Tem escolas que não foram reestruturadas, que estão com as janelas fechadas, banheiros interditados”, afirma.
Nesta quinta (12/11), o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) realizará uma plenária virtual comunitária, que contará com a participação de profissionais de educação da rede municipal, responsáveis e demais integrantes das comunidades escolares, a partir das 18h.
Os professores da rede municipal do Rio foram convocados para retornar nesta quarta-feira (11/11) às escolas.
A Secretaria Municipal de Educação afirmou que os docentes devem trabalhar nas unidades a que pertencem para o “planejamento de retomada” das aulas presenciais.
A volta do ensino presencial na rede da prefeitura está prevista para a próxima terça-feira (17/11), para alunos do 9º ano do ensino fundamental e para o equivalente no ensino de jovens e adultos. O retorno dos estudantes é voluntário.
Foram oito meses de afastamento das salas de aula por conta da pandemia de Coronavírus.
Não sei o porquê de voltarem faltando um mês e meio para acabar o ano. O período letivo acabou, cancela. Ano que vem começa de novo, tendo tempo para planejar e averiguar a situação.