Após assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (29/11), os professores da rede municipal decidiram manter a greve da categoria. Nesta quinta (28/11), uma decisão da Justiça do Rio havia determinado a imediata interrupção da greve, que teve início na segunda-feira (25/11). A assembleia da categoria foi realizada na sede da escola de samba São Clemente, na Cidade Nova.
“A greve foi informada com mais de uma semana de antecedência. Todos os canais de negociação com a prefeitura foram tentados. Se não há uma contraproposta, não há uma negociação efetiva acontecendo“, afirmou Diogo Andrade, Coordenador-Geral do sindicato.
A decisão da justiça atende a um pedido da Prefeitura do Rio, que argumenta que a paralisação é ilegal. O município disse que não houve aviso prévio em relação ao movimento grevista nem tentativa de diálogo entre a categoria e a Secretaria de Municipal Educação.
A decisão do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, fixou multa de R$ 500 mil ao Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) e de R$ 5 mil aos diretores do sindicato por cada dia de descumprimento. Determinou ainda que a prefeitura desconte o salário proporcional aos dias de paralisação ilegal.
Em nota, o Sepe afirmou que repudia “as diferentes táticas do governo e da justiça em criminalizar o movimento e proibir o direito de greve: desde descontos salariais, retirada de licenças sindicais, ameaça de punições e decretação da ilegalidade da greve“.