Alvaro Tallarico: Flamengo recebe performances, palestras e workshops gratuitos

Confira o melhor da agenda de cultura carioca

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Cultura no RJ

Começa o mês de fevereiro e muita gente animada para o carnaval. Contudo, nem só de blocos vive o Rio de Janeiro nessa época, claro. A instalação multicultural e multimídia CASA COMUM, em exibição no espaço Futuros – Arte e Tecnologia (antigo Oi Futuro, Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo), abre suas portas para artistas amazônidas indígenas que irão apresentar performances, palestras e workshops. E olha só que maravilha, todas as atividades são gratuitas.

No sábado, 3 de fevereiro, às 16h, André Sateré e Valda Sateré, líderes do povo Sateré Mawé na Aldeia Waikihu, apresentarão “Pinturas e Cantos para o Ritual da Tucandeira”. A performance utiliza o corpo, o grafismo e a arte como veículos de difusão da cultura indígena, buscando conectar as novas gerações às tradições ancestrais. Durante o ritual, Valda, líder feminina de seu povo, pinta o corpo de André, entoando cantos ancestrais que destacam a importância do olhar da mulher indígena na transmissão dos saberes e na preservação dos rituais.

Já no dia 7 de fevereiro, quarta-feira, às 18h, a artista visual indígena Uýra, bióloga, arte educadora e militante dos direitos humanos, realizará uma palestra intitulada “A Árvore Que Anda”. Uýra abordará questões sociais, biológicas e naturais, explorando os impactos do choque e do trânsito entre cidade, rios e florestas. Através de sua encarnação como entidade em carne de bicho e planta, Uýra convida os participantes a uma revisão de seus passos ao longo do tempo, provocando reflexões sobre a própria temporalidade. Em seguida, confira a agenda completa.

Casa Comum e performances indígenas
Agenda da Casa Comum (divulgação /NeyMotta)

Aulas de balé de graça para idosos

O Aulão do Bem, projeto idealizado por Lu Fernandez, completa um ano oferecendo aulas de ballet gratuitas para o público maduro. A celebração de aniversário acontecerá no dia 3 de fevereiro, na escola Âmbar, em Niterói (rua Álvares de Azevedo, 179 Icaraí), com a participação da famosa bailarina Ana Botafogo.

O movimento, originado no Rio de Janeiro, visa unir amantes da dança de todas as idades, destacando a iniciativa de Lu, que aos 60 anos decidiu realizar seu sonho de dançar, inspirando outros adultos a fazerem o mesmo, independentemente da idade. O projeto realiza aulas mensais de ballet, incentivando a contribuição com donativos para instituições locais. O evento comemorativo ocorrerá em dois horários, às 13h e às 14:30h. Para mais informações, os interessados podem acessar o Instagram @balletaos60.

Cultura andina: últimos dias dos Tesouros Ancestrais do Peru no CCBB

Sou um grande fã do Peru, o qual talvez seja meu país preferido depois do Brasil. Estiva lá algumas vezes. A cultura andina no geral é bastante fascinante, e no Peru, há muita coisa relacionada o Império Inca. Porém, já que não está fácil comprar uma passagem de avião com os altos preços, é possível apreciar um pouco desse país latino no CCBB (Rua Primeiro de Março, 66, Centro). São os últimos dias da exposição Tesouros Ancestrais do Peru, que vai somente até o dia 05 de fevereiro de 2024

A exposição organizada por Patricia Arana e Rodolfo de Athayde apresenta uma ampla gama de artefatos, incluindo objetos simbólicos, rituais e do cotidiano, que lançam luz sobre a tapeçaria histórica dos povos andinos. Compostas por peças de ouro, prata, cobre, cerâmica e têxteis, a mostra abrange um vasto espectro temporal que se estende do ano 900 a.C até 1600 d.C. Estes artefatos, originários de civilizações ao longo da cordilheira dos Andes e da costa oeste, desenham uma narrativa cultural que precedeu a formação do grandioso Império Inca. É uma boa oportunidade para os visitantes mergulharem nas raízes da história sul-americana.

Motorista Revoltado com Enchente: Meme que se tornou viral em 2010 agora é foco de documentário

Independentemente do bairro, da data e da intensidade, a cada nova enchente na cidade do Rio de Janeiro, um personagem peculiar ressurge: o Motorista Revoltado. Treze anos após a maior enchente registrada no Rio de Janeiro, em 2010, quando o meme foi capturado pela produtora Rizoma, o diretor Diogo Vianna se encontra com Guilherme Meirelles, o protagonista do discurso exaltado proferido de dentro de um carro alagado na Tijuca. Esse reencontro histórico serve como ponto de partida para o documentário “A Enchente, o Motorista e a Revolta“, que está programado para ser lançado em 15/02, uma quinta-feira após o Carnaval.

O documentário busca responder à pergunta: por que nos revoltamos? O vídeo viral, que é compartilhado anualmente como um meme após cada novo temporal, agora recebe uma abordagem mais aprofundada. Guilherme e Diogo relembram os detalhes que precederam esse encontro marcante na produção, discutindo a enchente de 2010, personagens da política carioca e compartilhando imagens inéditas.

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