Projeto Consultório na Rua, da Prefeitura, faz alerta sobre casos de tuberculose no Rio

Doença é infectocontagiosa e atinge a população mais vulnerável, especialmente moradores de rua

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Agentes da Prefeitura atuando junto à população de Rua / Prefeitura

Com atuação desde 2017, o programa Consultório na Rua, da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS), trabalha no combate e tratamento de doenças relacionadas ao acesso precário aos serviços de saúde. Caso da tuberculose, que atinge muitos moradores de rua. Nesta sexta-feira (17), Dia Nacional de Combate à Tuberculose, a SMS reforçou a importância de prevenção contra doença, que é curável.

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que atinge pulmões, ossos, rins e as meninges (membranas que envolvem o cérebro). A pessoa acometida pela enfermidade apresenta tosse, febre, falta de ar, dor no peito, perda de peso e fraqueza. A tuberculose tem uma evolução lenta, com possibilidade de gravidade, podendo deixar sequelas ou levar à morte – mas é uma doença que tem cura. O tratamento está disponível nas 238 unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde).

A gerente da área técnica de Consultório na Rua, Fabiana Baraldo, destacou que a população de rua é muito vulnerável à doença por sua própria realidade cotidiana aliada à dificuldade de ter acesso a tratamentos de saúde.

“A população em situação de rua tem dificuldade de ir às unidades de saúde. Então, as equipes de profissionais do programa fazem busca ativa a essa população, oferecendo investigação, diagnóstico e tratamento para tuberculose no local em que elas vivem. O principal objetivo das equipes, além do atendimento integral em saúde, é garantir que essas pessoas acessem o SUS”, disse Fabiana Baraldo.

As equipes de profissionais da Prefeitura fazem buscas ativas para encontrar doentes nas populações vulneráveis. Caso encontrem um possível doente de tuberculose, por exemplo, realizam os testes necessários. Caso o diagnóstico dê positivo, os agentes aplicam o tratamento imediatamente.

Quando as suas atividades foram iniciadas há 12 anos, o Consultório na Rua contava apenas com sete equipes. Hoje, são 13 grupos atuando em várias regiões da cidade, inclusive em áreas anteriormente descobertas. Cada equipe é formada por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, agente social, psicólogo e assistente social.

Quando ampliamos a assistência e chegamos àquelas áreas mais vulneráveis, damos acesso às pessoas que já tinham as doenças, mas antes eram invisíveis às estatísticas. A população em situação de rua é o grupo mais suscetível para o adoecimento por tuberculose. Por isso, o trabalho das equipes do Consultório na Rua é indispensável para o enfrentamento da doença. O fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, com aumento do número de equipes e treinamento dos profissionais é a ação mais efetiva que a SMS implementa para o controle da doença”, informou Renato Cony, subsecretário de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde.

Somente no primeiro semestre deste ano, as equipes da Prefeitura realizaram aproximadamente 20 mil atendimentos, com mais de 36 mil procedimentos.

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