Projeto da Força de Segurança Municipal enfrenta resistência na Câmara

Base aliada de Eduardo Paes demonstra cautela com o projeto da Força de Segurança Municipal. Contratações temporárias e insegurança jurídica preocupam vereadores.

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Agentes da Guarda Municipal do Rio de Janeiro em frente ao Estádio do Maracanã - Foto: Robert Gomes/GM-Rio

Se a proposta de criação da Força de Segurança Municipal fosse votada hoje na Câmara dos Vereadores do Rio, dificilmente seria aprovada. A base do prefeito Eduardo Paes (PSD), ainda que majoritária, demonstra preocupação com o texto enviado pelo Executivo, especialmente quanto à contratação temporária de agentes armados. As informações são de Berenice Seara/Tempo Real.

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“Do jeito que o texto está, não sei não. Não cravo que passe. Essas questões são muito sérias”, afirmou um governista experiente, sob reserva. “Se o projeto inserir de vez a Guarda, a coisa muda de figura”, completou, sinalizando que uma reformulação poderia reverter o cenário desfavorável.

O principal ponto de discórdia está no modelo de contratação temporária previsto para os agentes da nova força, que não garante estabilidade, nem estabelece um regime previdenciário próprio. A preocupação com a constitucionalidade da medida também ronda os corredores do Legislativo. Há quem acredite que, mesmo com aprovação, o projeto possa ser questionado judicialmente.

O texto está previsto para ser analisado pelas comissões permanentes da Câmara a partir do dia 26 de março. Até lá, os líderes do governo tentam negociar alterações para garantir apoio. O presidente da Câmara, Carlo Caiado (PSD), já se reuniu com entidades representativas da Guarda Municipal para debater o tema.

“Agora é hora de incorporar sugestões dos vereadores e da sociedade civil surgidas na reunião técnica e na audiência pública”, afirmou o líder do governo, Márcio Ribeiro (PSD).

Apesar da urgência em torno do debate, o projeto não deve ser votado tão cedo. A Câmara ainda enfrenta uma fila de quase 40 vetos do prefeito, alguns antigos, que ameaçam trancar a pauta e dificultar o avanço da proposta.

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