A Polícia Civil anunciou um projeto que prevê a reforma e modernização de 46 delegacias e duas unidades periciais do Estado do Rio até 2027. O objetivo, conforme revelado pel jornal O Globo, é ampliar e aperfeiçoar o uso de tecnologias digitais para melhorar a qualidade e a eficiência das investigações, além de facilitar o atendimento ao público. A 16ª DP (Barra da Tijuca) e a 134ª DP (Campos dos Goytacazes), no Norte Fluminense, serão as primeiras da fila e devem ser revitalizadas ainda este ano.
A revitalização da delegacia da Barra incluirá uma nova fachada e a instalação de células fotovoltaicas para reduzir o valor da conta de energia. As intervenções nesta unidade estão orçadas em R$ 1,3 milhão. O valor total do projeto não foi divulgado.
A ideia macro da ação é de que todas as 185 delegacias e 23 unidades periciais seriam revitalizadas até 2035. O planejamento também prevê mudanças no sistema de registro de ocorrência on-line pelas vítimas. A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), por exemplo, teria uma plataforma com chatbot, por meio do qual seria possível até solicitar medidas protetivas. Já nas delegacias, as pessoas teriam acesso gratuito à internet e um terminal de autoatendimento.
Além de novas fachadas, as unidades passariam por reformas internas. Todos os espaços teriam entradas separadas para vítimas e presos, assim como celas distintas para homens, mulheres, o público LGBTQIA+ e adolescentes. As delegacias contariam ainda com salas para o exercício da advogacia, teriam acessibilidade e fariam a captação e o reúso da água de chuva.
Outra grande mudança será a reforma do antigo Instituto Médico-Legal (IML) na Rua dos Inválidos, com orçamento de R$ 20 milhões. O prédio, fechado desde 2009, abrigará o Departamento-Geral de Combate à Corrupção e a Corregedoria Geral de Polícia Civil.
As unidades também receberão reformas internas, incluindo entradas separadas para vítimas e presos, celas diferenciadas por gênero e espaço para advocacia, além de acessibilidade e captação de água de chuva.
Sindicato de policiais diz que categoria não foi consultada
No entanto, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio criticou o projeto, afirmando que a categoria não foi consultada e que a falta de efetivo é uma questão crítica. O vice-presidente da entidade, Luiz Carlos Cavalcante, ressaltou a necessidade de melhorar as condições de trabalho antes de implementar novas tecnologias, citando a falta de recursos básicos nas delegacias.
O novo plano surge 25 anos após o início do programa Delegacias Legais, que reformou as unidades distritais do estado. A iniciativa faz parte das ações da Secretaria Estadual de Transformação Digital, criada pelo governador Cláudio Castro em julho de 2022.
Alceu apontou o que realmente faz diferença. Ciclo completo de Polícia como em todos os outros países menos no Brasil, além da falta de Carreira Única.
É sempre assim, reforma do judiciário é, necessariamente, construir prédios de luxo e reforma da polícia é fazer obras nas delegacias, comprar de carros e armamentos, eles não sabem fazer outra coisa? Existe a polícia de ciclo completo, esperando para ser implantada no Brasil, estão esperando o quê? Gostaria que o jornal fizesse uma matéria sobre “polícia de ciclo completo”, esta é, na minha opinião, a solução para o Brasil.