Projeto da UFRJ recebe prêmio internacional de mulheres cientistas pela Nature

Com foco em aproximar público feminino da ciência e tecnologia, ‘Tem Menina no Circuito’ venceu na categoria “Divulgação Científica” do Nature Awards, em Londres

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Atividade no Colégio Estadual Madre Teresa de Calcutá, em Realengo - RJ | Foto: Divulgação

O projeto de extensão “Tem Menina no Circuito” foi o vencedor da edição de 2022 do Nature Awards for Inspiring Women in Science (Prêmio Nature Mulheres Inspiradoras na Ciência), na categoria Divulgação Científica. O prêmio foi entregue às pesquisadoras do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e fundadoras da iniciativa, professoras Elis Sinnecker, Tatiana Rappaport e Thereza Paiva, em cerimônia realizada em Londres na última terça-feira (11/10). 

O objetivo do projeto é aproximar meninas do Ensino Fundamental e Médio, das ciências exatas e áreas tecnológicas, estimulando seu interesse pelas carreiras ligadas à pesquisa e divulgação científica. Com quase dez anos de atividade, o “Tem Menina no Circuito” acontece em escolas em regiões de baixa renda de todo o estado do Rio de Janeiro.  

Esse prêmio representa um grande incentivo para nós, especialmente neste momento em que estamos atravessando grandes cortes no financiamento para a Ciência e a Universidade no Brasil. Cada menina que fez parte do projeto faz parte desse prêmio e esperamos que elas se sintam cada vez mais encorajadas a buscar a carreira que escolherem”, disse a professora Thereza Paiva, coordenadora do projeto. 

As atividades reúnem materiais usualmente usados em circuitos elétricos, como baterias, fitas condutoras e  leds com objetos lúdicos de artesanato e trabalho manual, como papel, tecido e massa de modelar. O resultado é a criação de circuitos elétricos que combinam ciência e criatividade e despertam nas gerações futuras o interesse pelo tema.  O projeto conta ainda com visitas das meninas a laboratórios da UFRJ, museus, universidades e centros de pesquisa, e promove encontros das jovens estudantes com pesquisadoras mulheres. 

É importante que estejamos criando ambientes inclusivos e diversos que possam estimular o talento dessas meninas e mulheres pelo mundo. E é isso que os projetos vencedores têm feito todos os dias através de um trabalho inspirador”, disse Deborah Sweet, vice-presidente do Journals at Nature.  

Além das atividades exclusivas para o público feminino, o projeto também realiza ações nas escolas voltadas para os estudantes em geral, como palestras, oficinas de robótica e feiras de ciências, que incluem os meninos.  

O projeto tem apoio da Faperj e do Instituto Reditus e ampliou suas atividades em 2019, passando a atuar também na Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais. Com o prêmio, a iniciativa irá receber US?50 mil para investir em atividades relacionadas à divulgação científica e ensino de tecnologia.

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