Projeto na Rocinha transforma óleo de cozinha em detergente, sabonete, sabão e mudanças socioambientais

O biosabão é feito a partir da introdução de organismos microbióticos, que se transformam ao entrar em contato com o que está sendo lavado

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Foto: Divulgação

Através do projeto Óleo no Ponto foi criada na favela da Rocinha uma série de produtos especiais, focados na sustentabilidade. Um produto desses é o Sabão do Morro, que é feito com os litros de óleos de cozinha que são descartados na comunidade e em bairros vizinhos da Zona Sul carioca.

O biosabão é feito a partir da introdução de organismos microbióticos, que se transformam ao entrar em contato com o que está sendo lavado. O professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Estefan Monteiro é o idealizador do produto, que tem sua versão em sabonete, sabão em barra e detergente.

Óleo no Ponto incentiva os moradores da Rocinha a armazenar o produto em recipientes adequados e entregá-lo em postos de coleta da comunidade. O óleo arrecadado é encaminhado para uma usina de reciclagem, onde passa por um processo de filtragem e purificação, sendo transformado em sabão biodegradável por meio de um processo químico sustentável.

De acordo com responsável pela implementação no projeto na Rocinha, Marcelo Santos, em um ano, foram retirados do meio ambiente cerca de 20 mil litros do resíduo poluente, deixando de contaminar 500 milhões de litros de água.

Tenho certeza que trazendo essa tecnologia para biofábrica da Rocinha e o óleo ponto fazendo essa fabricação de sabão a gente vai ter a oportunidade né de eh doar esse sabão aqui dentro da comunidade né pra que a gente diminua esse impacto das varas negras né evitando assim poluir né a nossas praias, rios né e águas pluviais aqui redor da Rocinha“, detalhou Marcelo.

Em breve, máquinas para armazenar esses litros de óleo estarão disponíveis nas redondezas da favela para facilitar o processo de coletagem.

Hoje, na Rocinha, a gente tem diversos parceiros, que observaram o quanto esse trabalho é importante e participaram. Levo barril de 18 litros vazio para os parceiros que são restaurantes, pequenos empreendedores, lanchonetes. Quando fica cheio eles entram em contato e recolhemos. Depois entregamos o sabão pronto”, finalizou Marcelo Santos.

A quantidade de óleo de cozinha utilizada diariamente na favela da Rocinha é considerável, o que torna a destinação correta desse resíduo uma questão essencial para a preservação ambiental e o avanço social.

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