Os projetos Anjos de Patas e Maracanã Cats se uniram em prol de um único objetivo: castrar gatos abandonados no Estádio Mário Filho, o Maracanã. De acordo com as protetoras, o abandono na região é uma prática antiga, e o local em todo seu entorno, dentro e fora, possui mais de 200 gatos.
Com a castração, os protetores viram uma maneira de diminuir o número de nascimentos indesejados. É o programa chamado CED – Captura, esteriliza e devolve. Os mais mansinhos vão para feira de adoção e os mais ferozes voltam para as colônias, onde recebem alimentação diárias das protetoras.
De acordo com o veterinário Samuel Lima, uma gata não castrada pode gerar um número estimado de 12 filhotes por ano, considerando duas crias em 12 meses com uma média de 2 a 6 filhotes por gestação. Ao logo de três anos, por exemplo, esse número cresceria para 1.728 gatos nas ruas. Já no caso das cadelas, segundo o veterinário, é possível estimar um número de 8 filhotes por ano, considerando que a fêmea entra no cio a cada 6 meses.
“A castração tem um papel de grande importância no controle populacional de cães e gatos, e é através dela que conseguimos diminuir os números de animais abandonados nas ruas. Vale ressaltar que o procedimento reduz os riscos desses animais apresentarem doenças reprodutivas. No caso das fêmeas (cadelas e gatas) evitamos infecção do útero (piometra), gravidez psicológica, tumores de mama, estresse durante o cio. Já nos machos diminuímos as possibilidades de apresentarem tumores de testículos e próstata, doenças sexualmente transmissíveis, fugas, agressividade e marcação de território”, esclareceu o veterinário.
O projeto Anjos de Patas é formado por 4 amigas que resgatam animais nas ruas, cuidam e levam para o abrigo, um trabalho sem fins lucrativos. Para a sobrevivência do projeto, elas contam com padrinhos, rifas e doações.