Proposta do BNDES para o Centro do Rio inclui calçadões e parque no Canal do Mangue

O levantamento durou mais de um ano e custou R$ 2 milhões, dividiu a área central do Rio em sete macrozonas

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Um ambicioso plano elaborado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a pedido da Prefeitura, propõe uma série de intervenções para revitalizar o Centro do Rio de Janeiro, incluindo a redução do tráfego na Avenida Presidente Vargas e a criação de um parque no Canal do Mangue. Este masterplan, que pode levar décadas para ser completamente implementado, busca consolidar uma transformação significativa na região.

Uma das propostas mais marcantes do documento é a redução drástica do tráfego de carros particulares, com o alargamento das calçadas, inclusive na Avenida Presidente Vargas, e a transformação de ruas com pouco movimento em vias exclusivas para pedestres e comércio, os famosos ‘calçadões’. Além disso, o plano prevê a transformação do Canal do Mangue, no início da Presidente Vargas, em um parque arborizado, que não apenas proporcionaria um espaço verde para a população, mas também ajudaria na captação da água das chuvas, contribuindo para reduzir enchentes e as ilhas de calor. As informações são do jornal “O Globo”.

A visão de um Centro mais habitável também está presente no projeto, especialmente após os recentes investimentos na região portuária. Estima-se que até o fim de 2026, a Zona Portuária ganhe oito mil novas moradias, resultando em um acréscimo de mais de 20 mil moradores. Essa perspectiva já inspira a iniciativa privada, como demonstrado pelo CEO da Aliança Centro, que começará a implantar, com recursos de investidores, a primeira Área de Revitalização Econômica do Centro do Rio, na Rua São José.

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O levantamento do BNDES, que durou mais de um ano e custou R$ 2 milhões, dividiu a área central do Rio em sete macrozonas, considerando fatores como renda da população, potencial para construção de moradias e oferta de serviços. O estudo pré-selecionou 120 imóveis e terrenos, a maioria públicos e subaproveitados, que poderiam gerar maior movimento para o Centro se bem explorados. Entre os endereços detalhados estão os terrenos próximos à antiga estação de trens da Leopoldina e o edifício A Noite, que está sendo transformado em um residencial com 424 apartamentos.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Sempre esse papo de penalizar quem precisa usar carro. 99.99% dos funcionários do BNDES e dos demais que participaram do estudo moram na zona sul e podem usar lindamente suas bikes para flanar ao e pelo centro. E quem mora na ZN, baixada e nikiti.? Ate os tijucanos sofreriam. Deem uma olhada no fluxo que desemboca na pres Vargas pela cidade nova e imediações. Esse estudo é uma piada.

  2. Muito interessante a proposta, mas não vi falar nada sobre projetos de mobilidade sérios q devem fazer parte de qualquer mudança. Não adianta tirar o carro e os ônibus se não tem metrô como linha 5, linha 2 até a Carioca via Estácio, Cruz Vermelha, linha 4 ligando o Centro a Alvorada via Jardim Botânico, BRT Transbrasil até a Candelária, VLT com alcance maior ao redor do Centro chegando a Feira de São Cristóvão, Quinta da Boa Vista, São Januário, CADEG, Subida de santa Teresa pelo Catumbi,Tijuca, Andaraí, Vila Isabel, Grajaú, Glória, Flamengo e Urca e até o leme q é mais distante do metrô no máximo. A vocação do VLT não é atender a massa trabalhadora mais distante de toda RMRJ pra levar até o Centro e sim atender localidades com menos de 10km do Centro e o turismo hj. Isso já tiraria muitos ônibus e carros da região e complementaria e muito esse projeto

  3. A teoria de se retirar o fluxo de veículos em privilégio de fluxo de pessoas em grandes metrópoles dá certo em poucos lugares do mundo dá certo. Imaginem NY, Paris e outras somente com bicicletas para alimentar teatros, cinemas, lojas de departamentos e restaurantes? E a obtenção de serviços então sem a entrada de caminhões de entrega e lixo? Piora, né. Mas os especialistas de urbanismo e ambiência vivem com a ideia de embelezar para valorizar e, no Brasil pelo menos, só faz água, perda de valor e utilidade. Mais um projeto fadado ao fracasso como os atuais em aplicação em nossa cidade.

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