Flávio Bolsonaro ordenou que o PSL deixasse a base do governador Wilson Witzel, e que os deputados estaduais deveriam entregar os cargos que têm hoje no governo. Mas é aquilo, desapegar é muito difícil e é o que mostra o jornalista Cássio Bruno/O Dia. Dos 12 parlamentares do partido, ao menos 7 fizeram cerca de 40 indicações em secretarias e órgãos do estado. E ainda há aliados ocupando duas secretarias.
Veja o caso do secretário de Ciência e Tecnologia, Leonardo Rodrigues, que já disse que não atenderá o pedido do 01. Suplente dele como senador, Rodrigues diz que continuará secretário e deixará o PSL.
Já a deputada federal pelo PSL, Major Fabiana, é secretária estadual de Vitimização e Amparo à Pessoa com Deficiência e até o momento não falou nada em suas redes sociais sobre se deixar o governo Witzel. E nem respondeu ao O Dia se permanecerá ou não no cargo.
Os outros deputados com cargos no governo: Rodrigo Amorim, Gustavo Schmidt, Alexandre Knoploch, Filippe Poubel, Marcelo do Seu Dino, Gil Vianna e Dr. Serginho, também não se movimentaram. Amorim, figura proeminente do PSL do Rio, também não falou nada em suas redes sobre deixar o governo Witzel.
Para o cientista político Antonio Mariano é natural essa demora. É necessário primeiro mapear os cargos, preparar as exonerações, além de ver quem ficará no lugar.
Soma o fato que Witzel está viajando, em Paris. E deve esperar as votações mais importantes para ver como se movimentará o PSL na ALERJ para iniciar ou não as degolas.