Qual a solução para a Estação BRT Ilha de Guaratiba?

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BRT Ilha de Guaratiba

Em março, um incidente com um ônibus do BRT TransOeste acabou afetando uma estação que atende a população do bairro de Guaratiba, a Estação de Ilha de Guaratiba.

Desde então a população vem fazendo inúmeras solicitações para que a estação seja recuperada para voltar operar ou que fosse feito uma adaptação na plataforma dessa estação incendiada, para que, como uma estação improvisada, o local pudesse atender a população até a recuperação definitiva.

O porquê dessa estação provisória? Desde o incêndio, as pessoas estão sendo obrigadas a realizarem deslocamentos atípicos e alguns trechos são inseguros, conforme informações de alguns moradores, inclusive um morador reiterou essa situação em reunião do Fórum de Mobilidade Urbana, no Clube de Engenharia, no dia 06 de maio de 2016. O mesmo disse que, foram vários assaltos ocorridos no trajeto que as pessoas estão realizando para chegar a próxima estação, CTEx.

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Fórum de Mobilidade Urbana emite nota

Diante essa situação, foi publicado uma nota assinada por Atílio Flegner, do Fórum de Mobilidade, a respeito desse episódio na Estação Ilha de Guaratiba, que reproduzimos abaixo:

“O Fórum de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, sediado no Clube de Engenharia (Av. Rio Branco, 124) vem por meio deste documento técnico e histórico demonstrar a situação precária do modal por ônibus articulados intitulado “BRT” e o repúdio a falta de consideração da prefeitura e consórcio BRT em relação à população usuária da estação Ilha de Guaratiba.

No dia 17 de março de 2016 o ônibus articulado modelo Marcopolo Viale/Mercedes Benz O500MA de placa LTZ-4253 da Auto Viação Jabour, número de ordem D86802, operando na linha Mato Alto-Alvorada, pegou fogo enquanto estava parado na estação Ilha de Guaratiba do corredor TransOeste. Até agora as causas deste incêndio não foram esclarecidas para a população.

É relevante observar que existem várias denúncias de irregularidades na manutenção dos ônibus que trafegam nos corredores TransOeste e TransCarioca, algumas dessas denúncias podemos ler em relatos dos próprios passageiros na página do Facebook do Consórcio BRTRio.

No dia 04 de abril de 2015 o ônibus articulado modelo Neobus MegaBRT/Mercedes Benz O500MA de placa LQH-6147 da Expresso Pegaso, número de ordem E87545D pegou fogo no Terminal Alvorada. Tanto este veículo incendiado em 2015, como o ônibus que pegou fogo em março deste ano em Guaratiba, foram fabricados no ano de 2012, ou seja, possuem poucos anos de uso, o que evidencia ainda mais a falta de manutenção em relação aos ônibus do consórcio BRT e consequentemente o grave prejuízo a qualidade dos serviços oferecidos aos sofredores usuários desse sistema de ônibus.

Hoje, dia 29 de abril de 2016, completam 42 dias desde o lamentável incêndio que destruiu a estação do BRT de Ilha de Guaratiba e até agora nem o consórcio BRT Rio e nem a prefeitura foram transparentes com a população em anunciar uma data e ações concretas na reconstrução da estação e reestabelecimento do serviço de ônibus articulados.

Ações de ordem emergencial para auxiliar a população não faltam. Poderiam ter criado um serviço Alvorada-Ilha de Guaratiba, serviços especiais de ônibus possuem baixíssima dificuldade técnica. Além disso, o consórcio e/ou a prefeitura poderiam ter construído uma parada de ônibus provisória para atender a população. Em 2014, durante a feira de ônibus denominada FetransRio, o consórcio BRT construiu no estacionamento do Rio Centro, uma estação provisória e com catracas funcionais para atender ao evento. Foi criado ainda uma linha especial Alvorada-Rio Centro para que os visitantes da feira pudessem chegar ao local.

Sendo assim, apresentando todas as denúncias de irregularidades na manutenção dos ônibus articulados da frota do consórcio BRT, apresentando ainda descaso por parte da prefeitura em fiscalizar e punir o consórcio, e conferindo a população de Ilha de Guaratiba e todos os usuários desse sistema de ônibus o total apoio nas reivindicações de justas melhorias.

O Fórum de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro reclama veementemente que a prefeitura e/ou o consórcio BRT Rio delimitem prazo para a reconstrução da estação Ilha de Guaratiba. O referido Fórum, por meio dessa nota de apoio a população usuária do sistema, vem por meio dessa carta reivindicar que medidas responsáveis e de caráter técnico honestos venham a ser tomadas para a criação de um serviço especial de ônibus BRT ligando Ilha de Guaratiba ao Terminal Alvorada, para assim eliminar as excessivas baldeações que a população deste bairro tem sofrido devido a um grave erro de manutenção em um dos ônibus do consórcio BRT Rio. Esperamos ainda que estes problemas técnicos nos ônibus deixem de acontecer. Não tem cabimento veículos novos estarem tão mal conservados como os ônibus que trafegam nos corredores TransOeste e TransCarioca.

As reivindicações acima descritas estão respaldadas não só pelo caráter técnico do Fórum de Mobilidade, mas acima disto, pelo mais alto dos interesses, que é o interesse público de uma população gravemente afetada. Requisitamos mais seriedade nas responsabilidades da Secretaria de Transportes do Município do Rio de Janeiro, órgão que muito tem falhado na administração de sua competência, que é o sistema de ônibus do Rio de Janeiro.

Atilio Flegner (representando o corpo técnico do Fórum de Mobilidade Urbana)
História UNIRIO
Arquitetura e Urbanismo PUC-RIO
Forum de Mobilidade Urbana
Membro Clube de Engenharia
Movimento O Metrô que o Rio Precisa
Administrador História das Barcas”

Além disso tudo, cabe um esclarecimento a respeito da existência ou não de um plano de emergência em relação aos veículos do BRT. Será que existe um plano de emergência em caso de incêndio ou pane, num veículo deste porte? No site do BRT há uma informação de que apenas um ônibus equivaleria a 126 carros, em termos comparativos de pessoas atendidas, o que reforça a preocupação a respeito de um plano de emergência. Considera-se ainda que o traçado dos BRTs atravessam pontes e túneis. Ou seja, trechos de vias que não oferecem muitas alternativas de escape aos usuários.

Por sorte não houve vítimas fatais nos dois episódios citados na nota acima.

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