A receita tributária do Município do Rio de Janeiro caiu, no último ano, quase 5%, já corrigida a inflação. Ou seja, a arrecadação está diminuindo, principalmente pela queda do faturamento da Prefeitura com ISS e ITBI. Ao mesmo tempo, por óbvio, a necessidade de empréstimos aumentou e os gastos com aposentados e pensionistas também. Resultado: Dívida pública subindo e déficit aumentando.
Em uma comparação simples, é como se o seu salário diminuísse de valor, mas as despesas da casa continuassem subindo gradualmente, entre elas os remédios da sua avó que vive com você. Sem dúvida, todo mês a conta fecharia no vermelho. Quando as economias terminassem, os empréstimos seriam inevitáveis e essa dívida, em algum momento, terá que ser paga. Com juros, claro.
Não sou eu que estou dizendo e não são números que surgiram de minha cabeça. O relatório oficial da Execução Orçamentária do Município, publicado em Diário Oficial, traz as informações, que são públicas, diga-se de passagem.
Isso comprova que, por mais que seja importante avaliar com calma cada proposta de Freixo e de Crivella para o Rio de Janeiro, sem dúvida cada carioca deve considerar a possibilidade de votar naquele que ele acredite que tenha mais chances de organizar as contas públicas nesse ambiente de crise nacional e estadual.
Afinal, sem dinheiro as escolas não têm professor e material e os hospitais não têm médicos e equipamentos. Não há proposta de candidato que mude essa lógica: A Prefeitura precisa ter recursos e finanças equilibradas para poder implementar os projetos do Prefeito e sua equipe, sejam quais forem.
Sendo assim, antes de escolher seu candidato, seja um ou outro, pense menos no que o marketing de cada campanha diz e mais sobre qual Marcelo sabe usar calculadora.
