Considerada um dos refúgios da biodiversidade e abrigo de espécies ameaçadas de extinção, as Ilhas Cagarras apresentam uma grande quantidade de resíduos plásticos na suas águas, segundo pesquisadores da Universidade Federal do Estado do Rio (UniRio) e membros do Instituto Mar Urbano, que realizaram uma expedição ao local. Os cientistas pesquisam as praias do Rio de Janeiro desde 2019.
No local, foram encontrados plástico e microplástico sem origem definida. Mas o arquipélago não é o único a ser asfixiado por esse mal. Quase todas as praias da Zona Sul carioca, segundo os pesquisadores, registram altas concentrações de microplástico, que são difíceis de enxergar a olho nu, por terem menos de 5 milímetros de tamanho.
Um dos grandes problemas desses componentes é que eles acumulam no fundo do mar e passam a ser ingeridos por espécies locais. Muitos animais marinhos morrem ou são intoxicados ao se alimentarem de microplástico, o que acaba impactando a cadeia alimentar e a saúde das pessoas ao longo do tempo, por conta da liberação de, por exemplo, bisfenol e BPA, compostos químicos relacionados a problemas, como infertilidade.
Durante a pesquisa, os profissionais encontraram pedaços de plástico dentro de mexilhões perna perna e ouriços-do-mar, espécies consumidas pelas pessoas. Na área analisada, os pesquisadores encontraram ouriços-do-mar que utilizavam sacos plásticos como proteção.
Pescadores artesanais, que também participaram do monitoramento das Ilhas Cagarras, coletaram 34,12 quilos de resíduos sólidos – 80% desse total de plásticos, como garrafas PET, sacolas e descartáveis. Mas as redes dos pescadores também recolheram itens, como gilete, fralda e absorvente. Lixo, que, de acordo com os trabalhadores, são levados da areia para mar pelas correntes e ressacas.
A falta de educação aliado a nosso pouca cultura, favorece esses índices, o povo brasileiro e acostumado a jogar lixo na rua. Com exceção de algumas cidades, na sua maioria o povo não contribui.
Não entendo a surpresa. O que mais poderia se esperar? Basta olhar a quantidade de lixo que o povo mais porcalhão do mundo larga pelas ruas a cada minuto. Toda vez que chove, aonde esse lixo todo vai parar?
O que eu não entendo é a demora para que seja implementada uma política séria de limpeza das ruas, que passa por INSISTENTES CAMPANHAS junto à população (incluindo carros de som circulando pelas ruas diariamente, anúncios publicitários nas ruas e na mídia em geral, incentivo para que a população organizada em grupo adote parques, praças e locais de interesse na cidade para contribuir para o recolhimento sistemático de lixo), e PENALIDADES para os estabelecimentos e edifícios mais porcalhões.
Se nossas cidades são tão imundas, é porque queremos. Chego a achar que é assim que gostamos. Se não houver muito lixo espalhado por aí, a cidade fica sem graça. O povo aqui goza sem as mãos com essas ruas emporcalhadas. Que primitivismo!