O último recenseamento demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2022, aponta que o Rio de Janeiro ampliou a população que se autodeclara preta ou parda. O estado fluminense, inclusive, é o 2º mais negro do país, atrás somente da Bahia.
Em relação às pessoas que se consideram pretas, o aumento foi de 3,78%. Já sobre as pardas, de 2,29%. Em contrapartida a isso, a população que se autodeclara branca diminuiu, de 47,42% para 41,62%.
O Censo aponta que a população atual do estado do RJ é dividida da seguinte maneira: 58% negros e 42% brancos. Na capital fluminense, especificamente, pretos e pardos também são maioria, com 54%.
”Para produzir uma luta antirracista, você precisa produzir um discurso que racialize os membros do grupo alvo. Quer dizer, para o negro despertar uma luta antirracista, ele precisa ter consciência de atuação como negro na sociedade, e isso pode ter chegado nos entrevistados”, opinou o sociólogo Wessley Dias.
O termo “pardo” é muito equivocado no Brasil. Muita gente é mestiça de várias etnias e não necessariamente é afrodescendente ou de origem majoritariamente negra.
O correto deveria ser “multirracial”, que é utilizado em vários locais do mundo.
O Censo ao revelar que a maioria se declara negra (e muito certo que o número seja maior, pois tem ianque não se declaram) também mostra o quão frágil o discurso de grupos de que existiria racismo estrutural ao insinuarem que a maioria abordada, detida, condenada e que ficam presos é negra… se negra é a maioria da população, o que se esperava?
Agora os brancos são oficialmente uma nova minoria.
Haverá políticas públicas para a “minoria” branca ?