A situação da receptação de ítens roubados por ferros-velhos no Rio de Janeiro está se tornando incontrolável, e já não há mais limites para a audácia dos ladrões. Os bandidos – que atuam comumente no papel de “pobres moradores de rua” – circulam pelas ruas da Zona Sul todas as noites, arrancando, quebrando, roendo, serrando e destruindo a propriedade alheia, com o intuito de vender os metais criminosamente subtraídos, a peso, aos ferros-velhos que, inexplicavelmente nos dias de hoje, ainda existem nas zonas residenciais e comerciais de bairros como Centro, Botafogo e Copacabana.
Que o diga o empreendimento Boxx, em Botafogo, na rua São João Batista. Para surpresa dos responsáveis pelo empreendimento, que já lutam contra os saques e furtos dos supostos moradores de rua que circulam, sujos, carregando pedaços de metal noite afora, ontem ocorreu o impensável. Com o risco de uma mega explosão, os bandidos arrancaram uma tubulação viva de gás encanado da fachada lateral do empreendimento (foto). O imenso cano de cobre foi roubado pelos criminosos, que, por pouco, não ocasionaram um desastre de proporções inacreditáveis, devido ao imenso vazamento de gás causado.
Recentemente o DIÁRIO escreveu sobre os dois ferros-velhos que atuam na região, receptando todo o tipo de mercadoria roubada, nesta reportagem. Os dois endereços, na Real Grandeza e na Sorocaba, funcionam tranquilamente, ao arrepio das autoridades. Para o administrador de imóveis Wilton Alves, uma solução possível para o problema é a Prefeitura parar de conceder alvarás para ferros-velhos em zonas residenciais e comerciais. “Lugar de Ferro-velho é em Zona Industrial. Enquanto houver ferros-velhos perto de moradias e de comércio, qualquer adicto ou bandido que transite pelos bairros da Zona Sul e da Zona Norte onde há moradias, vai poder roubar aqui e vender logo ali, faturando rápido com seus crimes“.
Nossa reportagem foi informada que o Supermercado Zona Sul, localizado logo em frente ao Boxx, também sofre com o freqüente comércio entre os chamados “cracudos” e os ferros-velhos. A loja do supermercado já teve duas vezes seus vidros estilhaçados por tentativas de furto dos criminosos, além de já terem roubado nada menos que três vezes as portas dos medidores de água e luz, que eram de alumínio.
“Neste momento em que se discute o novo Plano Diretor da Cidade, talvez seja boa ocasião para afastar das moradias estes verdadeiros centros de receptação.“, disse ao DIÁRIO o vereador Dr. João Ricardo, do PSC. O vereador, que está em seu terceiro mandato, acha que é hora de repensar a concessão de alvarás aos ferros-velhos: “eles deveriam ser restritos a Zonas Industriais, e proibidos de trabalhar em áreas residenciais e muito comerciais”. Para João Ricardo, “não deve haver compra de metais a peso próximo a residências, monumentos históricos e centros comerciais. Além de não fazer sentido urbanisticamente, isso facilita a ação dos criminosos. Inclusive, deveriam ser cassados os alvarás existentes”. Resta ver se as autoridades vão se sensibilizar para o problema ou continuar enxugando gelo.
Existe um ferro velho do lado da UPP no Rio Comprido. Acho que na Aureliano Portugal.E cracudo roubando tudo, Cidade de Deus infestado de zumbi embaixo do viaduto com certeza tem ferro velho por lá. Cadê o Prefeito . Só está preocupado em ter Revellion? Tire os ferro velhos dos bairros coloquem em outro lugar. O Rio está insuportável com isso.
Quanto preconceito nessa matéria! Parece que estamos em 1939. E nem li os comentários…
O Ideal é já começar a Fazer a troca da Tubulação de cobre pela Tubulação de Multicamada.
O principal roubo e da concessionária de gás, dita Naturgy, que está cobrando os olhos da cara pelo seu gás, isso sim é um grande roubo eerece dar destaque.
Onde está a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro? Onde estão as Autoridades Policiais? Vão esperar ocorrer uma tragédia para depois agir? Esses Ferro Velhos e Depósitos de Reciclagem devem ser imediatamente fechados e seus proprietários devem ser enquadrados no Crime de Receptação.
Como sempre promessas caem no esquecimento. Laura Carneiro eleita vereadora, assumindo a Secretaria de Assistência Social na gestão do Dudu Paspalho deixa a Cidade do Rio de Janeiro entregue ao vandalismo. Temos que sempre compreendermos a situação mais abusada com grande número de mendicância, mas ninguém compreende o cidadão que paga religiosamente as taxas e impostos devidos para ter num mínimo uma Cidade que se possa viver condignamente.
Impressiona a incapacidade dos governos neste país de jeitinhos. Já que não conseguem combater o crime, fecham o comercio regular e o irregular, que nem deveria estar funcionando. Nosso problema, se resume basicamente em uma palavra: IMPUNIDADE. Fazem porque sabem que SE tiverem o azar de serem presos, terão que ter o azar de serem condenados e o azar maior ainda de ficarem em regime fechado pelo tempo da pena, coisa impossível pelas nossas leis atuais feitas em grande parte por interessados que elas não punam ninguém, principalmente os que as criaram. Nossa esperança de alguma mudança nesse sofrido país encontra-se em 3º lugar nas pesquisas para presidente, sinal que o brasileiro gosta de ser enganado e roubado…aliás, acho que SEMPRE gostou, desde o descobrimento.
No Brasil é assim, só toma-se atitude depois que pessoas morrem ou algo como uma tragédia acontece. O governo como sempre, omisso e agindo em passos de tartaruga. Até porque o dinheiro todo final de mês tá garantido, pra quê tanta correria? O Rio de janeiro está tomado por marginais de todos os tipos. Há quem tenha pena de bandidos e há quem acredita que isso é normal. Esperar o quê de uma sociedade doente em estado terminal, onde seu povo flerta com a criminalidade?
Verdade, por isso que a desordem urbana reina e aparentemente apenas poucos notam que este é o problema. O viciado não percebe que está doente. Precisa de alguém que o resgate de fora. Porém, cabe ao viciado querer ser ajudado também – senão não adianta.
Até pra roubar é necessário estudo. Código de cores em tubos indica o conteúdo pelo que neles passa.