Em junho de 2020, o DIÁRIO DO RIO fez uma matéria sobre diversas falhas no calçamento de pedras na subida próximo à histórica Igreja de São Gonçalo do Amarante, no bairro do Camorim, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Quase três anos depois, o problema continua.
Além de falhas, buracos, entre uma pedra e outra, existem também muitos blocos soltos, o que pode causar acidentes envolvendo veículos e pedestres.
“Está tudo a mesma coisa há anos. Uma vez, uma van teve o tanque de óleo perfurado por um desses paralelepípedos quando subia. A pedra estava com uma ponta para cima e perfurou o fundo do carro”, conta uma moradora.
Os moradores do bairro dizem que há anos fazem reclamações à Prefeitura, no entanto, o problema não é corrigido.
“Quando chove é pior ainda, porque a água vai retirando toda a terra que dá sustentação às pedras e elas ficam soltas. Passam muitos veículos pesados, com isso só vai piorando”, afirma uma moradora que complementa: “É patrimônio histórico, mas eles não restauram nada por aqui”.
Procurada pela reportagem, a Subprefeitura da região informou que “não são paralelepípedos. Trata-se de um calçamento ‘Pé de Moleque’. A Subprefeitura da Barra solicitou para a Secretaria de Conservação uma análise para entender qual serviço (especial) pode ser realizado no local, tendo em vista que o Sítio Arqueológico do Engenho do Camorim foi tombado pelo IPHAN em 1965. E está dentro da área do Quilombo do Camorim que é certificado pela Fundação Cultural Palmares (FPC) desde 2014”.
A Secretaria Municipal de Conservação disse que “mandará uma equipe até a Estrada do Camorim, na subida próxima à igreja de São Gonçalo do Amarante, a fim de fazer vistoria e analisar as necessidades do local, de forma a incluir os reparos em sua programação”.