Quem são os vices dos principais candidatos a prefeito do Rio em 2020?

Quem são Nilton Caldeira, vice de Paes, Andréa Firmo, vice de Marcelo Crivella, e Anderson Quack, vice de Martha Rocha

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Foto: Marri Nogueira/Agência Senado

A eleição para prefeito do Rio em 2020 se resume, nesta reta final, a 4 candidatos, Eduardo Paes (DEM), que lidera as pesquisas, Marcelo Crivella (Republicanos), Martha Rocha (PDT) que aparecem empatados em 2º lugar. Quanto a Enfermeira Rojane (PCdoB) consideramos que a ida de Benedita (PT) é uma improbabilidade d

Mas o Brasil é um país esquisito, deve ser um dos onde mais vice acaba governando, seja por impeachment, prisão, ou mesmo porque o mandante do cargo decide alçar voos maiores. Por isso separamos o perfil dos 4 vices para que você possa conhece-los antes de votar neste domingo 15/11.

Nilton Caldeira (PL) – vice de Eduardo Paes (DEM)

Nilton Caldeira ao centro ouviu apelo dos administradores da Feira de São Cristóvão Quem são os vices dos principais candidatos a prefeito do Rio em 2020?
Nilton Caldeira, ao centro

Nilton Caldeira (PL) é candidato a vice-prefeito de Eduardo Paes. Carioca da Tijuca, Zona Norte do Rio, tem 63 anos, é casado e pai de uma filha. Graduado em administração de empresas pela Universidade Santa Úrsula, Nilton tem um longo currículo em serviços prestados ao Rio de Janeiro.

Foi secretário de Desenvolvimento Social, membro efetivo do Conselho Municipal de Política Urbana e do comitê organizador dos Jogos Pan-Americanos. Também foi subsecretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, além de gestor da Feira de São Cristóvão e subsecretário de Habitação.

Com sua vasta experiência, Nilton Caldeira está ao lado de Eduardo Paes para resgatar a cidade do Rio da situação de abandono.

Tenente-coronel Andréa Firmo (Republicanos) – Vice de Marcelo Crivella (Republicanos)

Foto oficial Andrea Firmo Quem são os vices dos principais candidatos a prefeito do Rio em 2020?

Pioneira na liderança feminina militar, a tenente-coronel Andréa Firmo, 52 anos, inspirou muitas gerações ao se tornar a primeira mulher do Exército Brasileiro a trabalhar como observadora militar em uma missão de paz das Nações Unidas e, em seguida, ser designada pela Minurso (Missão das Nações Unidas para o Referendo do Saara Ocidental) como a primeira brasileira a comandar uma base de observadores militares internacionais no Saara Ocidental, na África. Seu potencial de comando, a capacidade natural de quebrar paradigmas e de deixar positivamente a sua marca agora estão voltados para um novo desafio: seguir servindo à população carioca como candidata à vice-prefeita na chapa de Marcelo Crivella, atual prefeito do Rio. 

Nascida no Rio de Janeiro, no bairro Jabour, zona oeste da capital, Andréa é católica, casada com um militar da PMERJ e mãe de três filhos. Inspirada por sua mãe, pedagoga e professora de português, aos 18 anos começou a trabalhar como professora de inglês na Rede Pública Municipal de Ensino e aos 27, ingressou no Exército Brasileiro como professora do Quadro Complementar de Oficiais de Magistério de Língua Inglesa. Quando criança, costumava ir dormir embalada pela “Canção da Infantaria”, cantarolada pelo pai, subtenente da Arma de Infantaria.

Não virou infante, como na tradicional canção, mas foi para os campos de batalha representando o Exército Brasileiro em missão de paz. Em abril de 2018, Andréa foi designada para a Minurso, onde ficou por 1 ano e 14 dias atuando para garantir os termos do cessar-fogo entre o governo do Marrocos e a Frente Polisário, que disputam a área, a qual foi administrada pela Espanha até 1975. 

Alojada em um acampamento cercado por minas terrestres e envolto em tempestades de areia na região desértica africana, ela coordenou as atividades dos observadores militares de 22 nacionalidades diferentes e dos Polisários, trabalhadores locais. Era responsável por fazer a ligação entre o Team Site (base) de Tifariti e o Quartel-General, em Laayoune.

Antes de se tornar a primeira mulher a assumir o comando de uma das bases do deserto, Andréa Firmo deixou seu nome gravado em outras atividades. Como responsável pela preparação dos oficiais recém-chegados à missão, foi ela quem treinou as primeiras muçulmanas a se tornarem observadoras militares: uma enfermeira e uma engenheira, ambas da Jordânia. Também foi a primeira mulher militar brasileira “patrol leader” (papa lima), curso necessário ao comando de patrulhas, pelo qual foi carinhosamente apelidada “mama lima”. 

Ao abraçar este novo desafio de se candidatar à vice-prefeita do Rio, a tenente-coronel Andréa Firmo quer usar o pioneirismo de sua trajetória e as suas experiências pessoais de sucesso para também ajudar as mulheres cariocas a ampliarem suas conquistas. Agregando à chapa com Crivella um novo olhar de liderança, vindo de alguém que com empatia feminina aprendeu a lidar com limites, riscos e conflitos.

Anderson Quack (PSB)

Quack e Martha Rocha Quem são os vices dos principais candidatos a prefeito do Rio em 2020?
Quack e Martha Rocha Foto: Divulgação

Anderson Luiz Alves de Oliveira, conhecido como Anderson Quack, nasceu no Rio de Janeiro em 9 de outubro de 1977. Nascido e criado na Cidade de Deus, estudou na Escola Municipal Pedro Aleixo e na adolescência jogava capoeira com Mestre Garrincha e frequentava curso para bombeiro hidráulico no Senai. Completou o Ensino Médio no Colégio estadual João Alfredo, curso técnico em administração e mais tarde tornou-se produtor cultural e de eventos.

Ainda criança e adolescente, foi vendedor de picolé aos 9 anos, boy de macumba, trabalhou em posto lavando carro e calibrando pneu, e depois na praia, numa barraca. Fez serviço militar e ficou quatro anos na Aeronáutica. Depois fundou com seu primo-irmão Tony o primeiro serviço de mototaxi da Cidade de Deus. Até se tornar guardador de veículos, ou “flanelinha de carteira assinada”, como ele gosta de dizer, no estacionamento da PUC-RJ. O pai, Luiz Carlos Oliveira, trabalhou na universidade por 40 anos.

Do estacionamento, foi para dentro da universidade e começou a trabalhar no departamento de comunicação social, inicialmente como office-boy, depois auxiliar administrativo e depois no setor audiovisual. Deixou a PUC em dezembro de 2006 para se dedicar integralmente à cultura.

A história de Anderson Quack se mistura à história da Cufa, do Hutúz e à criação da Cia. Tumulto. Amigo de infância de MV Bill, na Cidade de Deus. Co-fundador da Central Única das Favelas (Cufa), em 2013 tornou-se secretário-geral da instituição substituindo Celso Athayde.

Quack fez de tudo um pouco, até se firmar como diretor de teatro, de comerciais, de TV e de cinema. Primeiro veio o teatro, quando viu uma peça do Raiz da Liberdade, primeiro grupo de teatro da Cidade de Deus. “Foi paixão à primeira vista”, conta. Foi então fazer curso com Guida Vianna e Sady Bianchin e em seguida fundou sua própria companhia, a Cia. de Teatro Tumulto.

O cinema veio pelos cursos de fotografia, roteiro, direção e produção na PUC e na Escola Darcy Ribeiro, que frequentou por dois anos fazendo curso de direção (2010-2011). Virou coordenador do audiovisual da Cufa e diretor de TV. Por quatro anos foi diretor-geral de “Espelho”, de Lázaro Ramos. Como produtor-executivo, assinou e dirigiu documentários e filmes premiados, como “Remoção”, que reconta os deslocamentos de famílias que viviam em favelas nos anos 1960 e 1970.

Em 2009, lançou o livro “No Olho do Furacão”, parte da coleção Tramas Urbanas, no qual conta sua trajetória. De agosto de 2015 a maio de 2016, foi diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira (Fundação Cultural Palmares), onde foi responsável por desenvolver e apoiar projetos com o propósito de fortalecer, valorizar, preservar e difundir a produção cultural afro-brasileira.

O ano de 2016 marca o ano da fundação do movimento político do qual é cofundador, a Frente Favela Brasil. Em dezembro de 2017 Quack integra o grupo musical e cultural AWURÊ.

Em setembro de 2019, tornou-se sócio na empresa T4 Instalações, de serviços elétricos, para ajudar seu primo-irmão Tony Ribamar Alves Martins, que precisava de uma segunda pessoa para ocupar o lugar da ex-esposa, Suellen Lengruber, na sociedade. No entanto, Quack consta apenas no contrato social da empresa, não tendo realizado nenhuma atividade profissional por ela.

Foi candidato a deputado federal pelo PSOL, em 2018, mas não se elegeu. Em maio de 2019, filiou-se ao PSB e hoje é candidato a vice-prefeito na chapa com Martha Rocha, candidata à prefeitura do Rio, na coligação PDT/PSB.

Anderson Quack é um pensador, artista e ativista. Escritor, cineasta, diretor de muitas linguagens artística, é o próprio movimento, transitando por mundos e universos diferentes, sempre se preocupando em ser uma ponte entre a favela e o asfalto, por considerar que a vida é melhor quando se tem diversidade, pluralidade de pensamentos e igualdade de oportunidades.

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