Quilombos de Magé podem ser tombados como Patrimônio Histórico e Cultural do RJ

Deputado Vinicius Cozzolino criou projetos de lei para preservar três quilombos do município da Baixada Fluminense

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Quilombo Quilombá (Foto: Thiago Côrtes)

Magé tem três quilombos certificados pela Fundação Palmares (Maria Conga, Feital e Quilombá) e uma história com sólida participação da população negra e da indígena, na qual muitos rios e ruas da cidade foram batizados com nomes comuns da linguagem desses povos. Para valorizar e manter vivo o sinônimo da resistência negra, o deputado Vinicius Cozzolino (União) criou três projetos de lei que declaram os quilombos da cidade como Patrimônio Histórico e Cultural do estado do Rio de Janeiro.

Declarar os quilombos de Magé como patrimônio tombado é reconhecer e dar a proteção que eles merecem. Esses espaços são base do resgate das tradições africanas e precisamos valorizá-lo. Magé é uma cidade histórica e tombar esses quilombos é valorizar a história e a memória das comunidades remanescentes”, explica Vinicius Cozzolino.

Localizado na Piedade, primeiro distrito de Magé, o quilombo do Feital foi uma porta de entrada para escravos no Rio de Janeiro, um local de resistência. No bairro existia também a Praça do Leilão, que funcionava como porto de embarque e desembarque de escravos após a proibição do tráfico negreiro a partir de 1831. Atualmente os quilombolas do Feital, produzem bolsas, tapetes, cestos e outros objetos de decoração, para promover uma fonte de renda do quilombo.

O quilombo Maria Conga, também fica no primeiro distrito cidade, e carrega o nome da heroína de Magé, negra africana que viveu todas as agruras dos tempos de escravidão, dedicou a vida à luta pela liberdade, e recebeu esse título, em 1988, no centenário da Abolição. O espaço conta com um centro cultural criado para preservar a história de seus descendentes.

A história do quilombo Quilombá, localizado em Bongaba, no sexto distrito de Magé, começa em 1696 com a construção da Igreja de Nossa Senhora da Piedade do Inhomirim. Nessa época, muitas famílias escravizadas sobreviviam nessa terra, sendo obrigadas a trabalharem em atividades rurais e na construção da Igreja, lideradas por Vovó Alzira, que fabricava esteiras para que os quilombolas pudessem dormir, o quilombo abrigou diversos escravos que buscavam abrigo. Atualmente, o espaço é um ponto de cultura.

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