O DIÁRIO DO RIO tem desde sua refundação uma clara posição pró-ordem pública em todos os sentidos; nos colocamos fortemente a favor de uma cidade mais organizada, mais limpa e a favor dos negócios – o Rio precisa de menos burocracia, precisa ser business friendly. Essa é a posição editorial do jornal e entendemos quem há quem tenha uma visão diferente: já falei que o problema do Rio de Janeiro é o falso bom mocismo ou a Síndrome da Praça São Salvador, que leva a uma deturpação do que é melhor para toda a pólis. E essa discrepância nunca ficou tão evidente quanto na questão – realmente no brainer – da necessidade de internação compulsória dos usuários de drogas que vivem nas ruas, aventada (muito tarde, aliás) pelo prefeito Eduardo Paes.
Não se pode chamar Paes de alguém de direita e até já fiz um artigo em que o desenho como um político de esquerda, longe de ser alguém que queira pegar os cracudos (termo que eu e quase todo carioca usamos, não a Prefeitura, ao menos oficialmente) e jogar em algum canto sem nenhum cuidado. Ele próprio falou que está montando um projeto para que seja feito de forma que atenda às recentes – muito estúpidas, aliás – decisões do Supremo Tribunal Federal sobre o assunto., e que não seja apenas para retirar estas pessoas da rua e jogar em algum canto como era costume no passado, embora praticamente qualquer lugar seja melhor que morar na rua em meio às intempérie, violência, insetos, ratos e riscos de todo o tipo.
E, vejam bem, o projeto está sendo montado pelo cuidadoso e humanista Daniel Soranz, secretário de Saúde: um sanitarista, homem sério e que teve seu nome ventilado até mesmo para Ministro da Saúde de Lula. Soranz foi um dos responsáveis pelo sucesso do projeto Clínica da Família no Rio de Janeiro, além de uma competência sem igual na luta conta o Covid-19. É certo que não jogaria seu nome em algo que não fosse minimamente bem planejado e que desagradasse o eleitor típico seu e de Paes, em véspera de ano eleitoral.
Dentre diversas premissas erradas em que os detratores da internação compulsória se prendem – normalmente são daquela uma esquerda que parou nos anos 1960 e daí não evoluiu – é que a luta antidrogas ainda é contra a maconha e cocaína, nos piores casos heroína. Verdade seja dita, sobre a maconha em si pode até caber um debate amplo pela liberação, enquanto cocaína e heroína fazem claro mal ao usuário e sua família, e no caso de qualquer droga, à sociedade de forma indireta no combate ao tráfico.
Mas outra história é o crack, este tira do usuário sua própria consciência e seus usuários perambulam pelas ruas zumbis sem rumo, babando, se arrastando e cometendo – na melhor das hipóteses – pequenos crimes. A droga os afasta do convívio da família, da sociedade e forma as Cracolândias. Ali passam a entregar, muitas vezes, o próprio corpo para comprar a próxima pedra, a roubar, matar, estuprar e, logicamente, morrer. Mortes que acabam servindo de alívio para si próprios e para a sociedade mas que está longe de ser algo que deva ser política de estado, ou fonte de aplausos. São casos e mais casos que se repetem, não só no Rio mas em todo o Brasil. Estes usuários assediam principalmente as mulheres e idosos, e não são raras as notícias de ataques e estupros, como o que ocorreu recentemente em plena calçada em Copacabana, nosso bairro mais turístico. Cidade que não valoriza turista está fadada à decadência.
Cracolândias e mais cracolândias estão espalhadas pela cidade e os cracudos habitam os pesadelos dos cariocas. Roubam crianças, jovens, adultos e idosos, quase sempre com violência. Esfaqueiam turistas que dormem na praia, mesmo com várias passagens na polícia, e mancham a imagem internacional do Rio. Estupram menores no meio da rua e depois a sociedade fica escandalizada. Escandalizada como se não é mais que uma crônica de morte anunciada? E nada jamais é feito, e quando se sugere a óbvia solução da internação compulsória uma parte da sociedade que parece viver em uma bolha própria – onde o mundo é um bolo com chantilly – é contra. Qualquer mãe média nos ensina que o nosso direito termina quando começa o do próximo.
Esta bolha prefere a inação a que seja feito algo; é uma gente que posa de boazinha até a página 2. Dizem que há outras maneiras de tratar o assunto, mas não oferecem alternativa lógica. Dizem que a internação não resolve o problema. Talvez até possa ser que não resolva o do cracudo – embora concordo que todo esforço deve ser feito durante a sua internação – mas certamente resolve o da sociedade. Até onde sei os cracudos não têm o dom da bilocação nem do teletransporte: nenhum cracudo internado numa clínica foi visto estuprando alguém na calçada a 50km dali.
Dentre as asneiras do ano estava uma bobagem dita por uma vereadora do Psol. Segundo ela, ainda precisa ser estudado como o crack afeta o usuário e precisamos debater com pesquisadores, no lugar de internar. São os colegiadomaníacos. Aquelas pessoas que marcam reuniões para decidir quando será a próxima reunião. Como assim? Então ficaremos eternamente em conversas internas, enquanto pessoas são esfaqueadas, mortas e estupradas? Filosoficamente o ser humano debate até se nós existimos ou não, mas ainda assim acordamos todos os dias para trabalharmos e sobrevivermos.
Que se debata a melhor forma de internar, de fiscalizar a interação. Que se vá aos centros de recolhimentos, que se observe se lá estão sendo bem tratados e se estão felizes, ou se não há baratas no armazenamento de alimentos ou se o banheiro está sendo limpo como deve ser. Normalmente é mais limpo que a calçada, e tem menos ratazanas que a sarjeta, mas é claro que deve haver excelência e tratamento digno é humano a todos. Mas que não sejam contra apenas por sua ideologia que não evoluiu com a sociedade ou como a química de uma droga que acaba, sem nenhuma dúvida, com o cérebro do seu usuário.
morro de rir dessa hipocrisia. o “pobre” se fod.. com droga e o “rico” tá a salvo. como se fosse coisa de pobre e rico. fico imaginando os indignados daqui com iptv pirata ou morando em casa da milícia, que não paga luz nem água nem iptu. ou então fazendo ligação clandestina de luz ou água pra pagar menos.
prendam nas pseudo-clínicas, enterrem dinheiro e no fim não dará em nada. as drogas movimentam a economia, corrompem autoridades e imiscui-se no poder.
o estado do rio já é um narco estado, alimentado por armas de cacs que caçam mosquito da dengue voando torto.
acostumem-se. moramos num narco estado. prendam todos, pobres e ricos, que usarão até nas pseudo-clínicas.
agora inês é morta. deputados, vereadores et caterva dependem do tráfico e milícia para serem eleitos.
não há mais tempo pra fazer nada, além da vã hipocrisia de sempre.
e prendam também quem compra e usa clonazepam, diazepam e “outros pam”. tá cheio de viciado em drogas lícitas.
fui. que esse papo furado já cansou. e n esqueçam da passiflora pra “acalmar os nervos”…
podem prender cracudo nas clínicas mas não acabem com as drogas. sem drogas não há turista. acabem com as drogas e ninguém visita o rio. os turistas querem cheiraaaaaaaaaaaaaaaaar…
Se DUDU PAES PASPALHO fizer a coisa certa sem enrolação só para se eleger esta certo. Caso contrario o Rio de Janeiro vira uma São Paulo que tenta fazer algo e não ta certo eles apenas mudam de lugar na maior cara de pau e o governador e prefeito ficam igual a vaca atolada sem sair do lugar , apenas com ideias que não levam a lugar algum . Ai vemos ruas ficando desertas e cheias de imoveis fechados porque ninguém vai morar ou fazer um negocio para ter que fechar e ficar com dividas para o resto da vida.
Parabéns pelo artigo. Alguém tem que fazer alguma coisa. Se vai dar certo ou não, só o tempo dirá.
Relaxa Quintino. Os negócios de fim de ano e os turistas vão vir.
Assim como na Copa e outros eventos o Dudu vai “empurrar a sujeira pra debaixo do tapete”, onde ninguém vê e os negócios possam acontecer sem “infortúnios”.
Depois é o depois, oras…
Também sou a favor da internação compulsória dos esquerdopatas, em Cuba, sem direito ao voltar pra cá.
Se nos livrarmos desse lixo, com certeza, o país começa a prosperar.
a questão não é ser contra. é que não funciona. bota lá e, quando sai, retorna pra droga. a dependência é muito forte. supera toda a vã filosofia moralista que aqui se escreve. se fosse tão fácil, o problema estaria resolvido há muitos séculos. vejam são paulo com aquele lero-lero de internação em pseudo-clínicas da turma do “sai capeta” e/ou com “moral militar”. não resolveu nada. nem vai resolver porque não é fácil. internar cracudo será uma forma simples de se livrar deles. aí outros ocupam o lugar. não tem resposta fácil para o problema. e também tem de internar os cracudos do high society. só os pé rapados não resolve.
dependencia há muito deixou de ser coisa de “pobre” ou “rico”. atinge a todos. e n adianta nada internar quaod a propria policia vira milicia ou escolta droga pras favelas.
nem os EUA conseguem resolver o problema, com a quantidade de recursos policiais que tem. e outra coisa: ninguém tá interessado em resolver porque rola muita grana. haja vista os CAC’s que alimentam o tráfico com armamento moderno. como sempre digo, faz o “B”: povo armado jamais será escravizado.
agora aguentem…
Por que sempre aparecem pessoas citando os EUA como fossem algum exemplo, e contraditoriamente, no próprio texto reconhecem que não é exemplo algum de sucesso???
Não tem nenhum outro pais para citar?
Talvez a Inglaterra, a Alemanha???
os eua s um parâmetro – se souber ler – qto ao potencial policialesco utilizado para combater drogas e n tem sucesso. pq prender, matar e internar n vai resolver o problema. eles voltam e conseguem a droga fácil nas ruas…
interna compulsoriamente, dá um “sai capeta” ou manda beijar a bandeira nacional. aí sai e encontra a mardita facim-facim na rua. o q faz? volta a usar sem problemas… pq o problema é TB a droga q s encontra fácil nos morros e nas condomínios de alto padrão.
a resposta n é fácil. n sei a solução mas já trabalhei com esse pessoal. já vi cracudo fazendo sinal da cruz pra agradar o “terapeuta do senhor” e depois sair p fazer o que quer: usar droga.
tem de internar e botar miliciano na cadeia. mas a polícia prenderá a polícia?
Na verdade esses CACs que cita fazem mesmo é tráfico de armas sob manto de legalidade.
Não fosse CACs fariam tráfico de outro jeito.
Basta perguntar de quem eles são eleitores e, voilá, terás a sua resposta, meu caro Quintino. A questão dos crackudos é a mesma dos sem teto, tem que internar à força, providenciar tratamento, documentos, cursos, tudo que for necessário pera ele se reerquer, essa é a função do Estado, mas em caso de reincidência tem que deportar para o estado de origem , com passagem só de ida, e se não obedecer vai pra cadeia, simples assim, mas a esquerda não quer perder votos.
Excelentes texto e comentários!
Primeira vez que concordo com todos, sem exceção.
No mundo desenvolvido, tem países que criminalizada a posse de drogas mesmo para uso (dependendo da classe da droga tem diferentes abordagens) e ao usuário dependente de substâncias proibidas que as leis sujeitam a uma pena tem para suspensão desta pena condição da aceitação de entrar no programa de desintoxicação que envolve não raras vezes a internação.
E para efeito dissuasivo cometer qualquer crime sob efeito de qualquer droga proibida é qualificadora do crime. Ou seja, a reprimenda (pena) é maior.
Tivemos casos recentes de atravessadores de drogas presos mas logo liberados enquanto mantidos presos apenas angolanos porque sem residência fixa para assegurar eventual cumprimento de pena.
O sujeito sabe que transporta droga e encara isso como natural.
Assim fica difícil uma Justiça que libera o pequeno traficante de droga que contribui com a desgraça da vida alheia.
Estava na hora de ter pena de morte como nas Filipinas.
O que as pessoas de esquerda tem extrema, extrema,, extrema dificuldade de entender é que existe um problema hoje (agora!!!), que exige solução pra hoje (agora!!!!!) . Já se passou do limite social onde dava-se, ainda, pra pensar APENAS em medidas de médio e longo prazo, que envolveriam um trabalho mais profundo demorado, nas áreas de educação, saúde e etc.
Cracudos: essa gente optou, sim, optou em algum momento por usar essa m…., já que não consigo imaginar um cara invadindo a sua casa e empurrando a droga na sua boca para que você se torne um viciado. E é incrível que muita gente também extrema dificuldade de entender isso, já que drogas não são doenças adquiridas naturalmente. E chega a ser bizarro ter explicar isso. Meu Deus!
Daí, agora que são um problema social gravíssimo, ainda há quem queira que os mesmos fiquem livres a andar pelas cidades, matando a si mesmos, ou outros; emporcalhando, esfaqueando enchendo o saco de pessoas que já estão no limite com outros graves problemas da vida.
Tráfico e milícia: esses são outros dois grupos que eu e toda a população que não faz parte disso deveria ODIAR a ponto de pressionar essa M… desses governantes diuturnamente, sob sol e chuva, para dar um jeito nessas desgraças malditas de uma vez. O Rio é daqui a pouco o Brasil estará completamente tomado de assalto por esses lixos. Mas, por alguma (ou várias) razão obscura, ainda há quem defenda, ou faça vista grossa a existência dessa gente. Como pode?!?! E pior, muitos desses dizem defender os pobres, sendo que justamente os pobres e a classe média, quem mais sofrem na mão desses bandidos desgraçados. Pois à classe média alta e aos ricos, sempre há a solução de ir embora pra outro país onde eles não terão de vivenciar essas m….s.
O tráfico está na rua dos pobres. É a rua do pobre que é fechada por barricadas. É na rua do pobre que há os bailes que destroem o sono das pessoas e suas filhas engravidam por bem ou por mal. A milícia ameaça e tortura e/ou mata pobres por causa de mensalidade ou denúncias. É o condomínio do pobre que é invadido por eles. É, em sua vasta maioria, o pobre que é assaltado de manhã, no ponto dos ônibus, indo pro trabalho.
Ou seja, quando você defende ou faz vista grossa (o que dá na mesma) pra existência desses indivíduos e não pressiona seu governante a atuar de forma implacável contra eles, você, em linhas gerais só prejudica os pobres.
Perfeito.
Parabéns!
Parabens perfeito