Quintino: Os pontos fracos do Governo Cláudio Castro

Uma secretaria de Transportes dominada por Washington Reis e a saída de um técnico premiado como Thiago Gomide, são fraquezas de Cláudio Castro

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Posse do Governador Cláudio Castro na ALERJ - Foto: Governo do Estado do Rio de Janeiro

Cláudio Castro é o governador do Rio de Janeiro mais forte desde a fusão da Guanabara, o que virou até motivos de memes na internet e vai contra qualquer prognóstico que um analista político poderia fazer. Mas, será que ele tem aproveitado bem esse capital político? A resposta é mais complicada que parece. Afinal, seu governo de verdade começa agora, com a vitória de Rodrigo Bacellar como presidente da Alerj.

Ele pegou um governo complicado, com pandemia, após impeachment de Wilson Witzel e refém da Alerj. Ainda assim conseguiu a privatização da Cedae, que mudou totalmente a história do saneamento básico do Rio de Janeiro, além de ter colocado a conta do estado e das cidades em dia. Acabou se elegendo em 1º turno, mesmo com pesquisas dizendo que seria uma luta difícil contra Marcelo Freixo (PSB) – a exceção era o Instituto Prefab, que já indicava a vitória rápida de Castro.

Contudo, o que fazer com esse capital político? Na nomeação de seu secretariado, Castro insistiu no nome de Washington Reis (MDB), logo na Secretaria de Transportes. Um homem condenado pelo STF e que insiste em estar na política por pura vaidade pessoal, se fosse grandioso dava um passo atrás e desapareceria.

Nas mãos de Reis está a expansão do Metrô, o problema com as Barcas, a Supervia e os ônibus metropolitanos. Questões tão importantes como a logística de turismo e entregas, em alguém que pode ter ganho algumas vezes a Prefeitura de Duque de Caxias, mas, como mostra a situação do município, não tem condição de governar.

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É sem sentido a saída de Thiago Gomide da Rádio Roquete Pinto, depois de ter pegado um equipamento destruído e após apenas dois anos ter transformado em um veículo premiado internacionalmente. Pressão política nenhuma explica esse tipo de ação, um governo precisa de centros de qualidade, especialmente quando politicamente não deveria interessar ninguém. Se entrega até a Roquete Pinto, imagina outros que tem cargos e verbas?

Castro está longe de ser um mau governador, apesar dos comentaristas aqui insistam em dizer. Em janeiro já esteve em Nova Iorque trazendo para o Rio de Janeiro o que chamo de “Bolsa Verde“, que pode avançar a economia do estado em décadas. Também já mostra bom relacionamento com o presidente Lula e o prefeito Eduardo Paes, essencial para o bom funcionamento das instituições. A segurança, apesar de ainda ter problemas, não é o mesmo de 10 anos atrás, há de avançar muito.

Mas, nunca temos de estar 100% felizes com o governo. Se você está, é porque não está enxergando direito.

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3 COMENTÁRIOS

  1. Além de que não mexeu no problema crônico do RJ que, hoje, passa despercebido pela acomodação social das pessoas: Segurança Pública. Temos um concurso da PCERJ em andamento com vários cargos contemplados e candidatos aprovados o bastante para segurar por mais um par de anos essa instituição que se demorar mais um tempo irá colapsar. A PCERJ hoje opera abaixo do efetivo mínimo crítico em seus quadros, é um quadro literalmente de idosos e velhas praças que não refletem a necessidade de atualização da polícia de HOJE. São crimes sem solução, inúmeros inquéritos abertos, falta de investigação, criminalidade crescendo exponencialmente nas zonas mais frágeis, é literalmente o trabalho de enxugar gelo ou empurrar onda com rodo. O Estado têm dinheiro, tem a necessidade, tem as vagas legalmente autorizadas pela lei, só falta a boa vontade do gestor para resolver de uma vez por todas esse problema geracional do Rio de Janeiro, mas entra um paradoxo: O executado afiaria o machado de seu executor?

  2. Não adianta ele ser o governador mais forte desde a fusão e não ter a coragem de fazer as reformas difíceis. Vou dar um exemplo, temos um deficit explosivo na previdência, os policiais militares e professores recebem aposentadorias especiais, vai ter coragem de mexer nesses privilégios? Vários estados empreenderam DURISSIMAS reformas previdenciarias, o Rio de Janeiro vai fazer o mesmo? Não sanamos o problema previdenciário, vai fazer reforma administrativa ou vai continuar roubando com o dinheiro da CEDAE através da CEPERJ?

    Claudio Castro é um governador medíocre, não tem culhão para fazer o que é preciso, para realmente mudar a realidade do Rio precisa tocar nas velhas feridas, nos privilégios de um casta de empresários e funcionários públicos da elite, somente Lacerda na história do Rio teve coragem para fazer isso tudo.

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