Quintino: Vídeo do “Cavalo Tarado” em Escola Municipal do Rio mostra descontrole na Educação

Dança tosca com música pornô-funk para crianças: a cidade espera o imediato afastamento da diretoria incompetente e negligente da Escola Municipal Luiz Carlos Prestes

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A apresentação imprópria para menores em escolas públicas chocou o Brasil, e viralizou, tendo custado 50 mil reais aos cofres públicos.

Na manhã de segunda-feira, 28/8, muitos cariocas foram pegos de surpresa e se indignaram com um vídeo que mostra uma mulher com uma máscara de cavalo saltitando de forma tosca, montando na cabeça de um homem sem camisa e dançando um funk indecente no CIEP Luiz Carlos Prestes, na Cidade de Deus, na presença de crianças de tenra idade. O vídeo dantesco foi postado originalmente pela “Dançarina, Coreógrafa e YouTuberThamires Candida, que apagou seu vídeo do TikTok após a repercussão grandemente negativa, especialmente em páginas de oposição ao prefeito Eduardo Paes. Veja o vídeo e ouça a “música” (sic), se for capaz:

Vale dizer que o funk “Tipo Cavalinho” de Duda 2d, além de ter vários erros óbvios de gramática, é totalmente de baixo calão, mesmo para pessoas com QI abaixo da Temperatura ambiente e é impossível achar qualquer valor cultural ou educacional seja na “música” ou na “coreografia”. São frases como “Ela tá dançando, eu já to no clima, eu quero ver se você “guënta”“. “Cavalgando a noite inteira, elas são danada e não sai de cima“. Nada sexy, aliás; e mesmo que essa porcaria fosse sexy, o assunto não é minimamente apropriado para ser escutado aos berros por crianças pequenas, numa escola pública ou particular. Em verdade, essa porcaria não precisava ser escutada em lugar nenhum, nem numa casa de suingue.

O prefeito Eduardo Paes, por volta das 22h dar hoje, horas após o vídeo começar a circular – o negócio viralizou de forma inesperada – postou em suas redes se dizendo indignado e que irá endurecer o controle sobre qualquer apresentação ou palestra feita em escolas municipais da cidade, especialmente em grupos independentes. Entretanto, basta observar que no vídeo há vários adultos, imagine-se que profissionais da educação, e todos permitem que a apresentação continue. Não há dúvida que toda a diretoria desta escola deveria ser afastada. A menos que sejam cegos e surdos, em 15 segundos era possível ver que o saltitar tosco da “dançarina” na cabeça do homem sem camisa não continha nenhum tipo de arte, muito menos era de interesse ao ensino público daquelas crianças. Imagino também que a diretoria da escola – “enganada”, segundo o prefeito – também não seja formada apenas por deficientes auditivos. É gente sem compromisso nenhum com a educação. É óbvio. E também é óbvio que o prefeito não tem como saber o que se passa em 1500 escolas ao mesmo tempo. O papel dele é fiscalizar e deve afastar agora os responsáveis e garantir que a cara-de-cavalo vá saltitar na cara de homens sem camisa nos bailes proibidões e não no meio de crianças que deveriam estar pulando amarelinha ou assistindo vídeo da Peppa Pig. Ou, melhor que isso: estudando.

Infelizmente se hoje se confunde bons costumes e boa educação com “extrema-direita”, ou melhor, com política. Não raro vejo amigos ironizarem a expressão “cidadão de bem” só porque um ou outro maluco celerado usou a expressão enquanto defecava em alguma mesa ou tapete no dia 8 de janeiro último. Bom ensino não tem cor política. Nem mau gosto.

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Não há nenhuma relação; é preciso mesmo proteger crianças de certas conversas e certas coisas que – nem sei se felizmente – viraram lugar comum na nossa música; uma coisa é quando chega a adolescência, mas os pequenos? Temos que permitir que possam brincar e descobrir a vida sem estarem expostos a problemas e disputas do mundo adulto, assim como à tragédia cultural que se abate sobre nós todos os dias. Dizem que a história é cíclica e tomara que seja.

É hora de não só Eduardo Paes e seu secretário de Educação Renan Ferreirinha abrirem os olhos, mas de todo o Rio de Janeiro fazê-lo, e pôr as barbas de molho. E os culpados devem passar a ser punidos, sem blablablá. Chega de passar a mão na cabeça de quem não sabe ou não quer fazer seu trabalho direito. Já tinha falado nesta segunda mesmo sobre os 500 presos no Show do Alok; muitos reincidentes, e essa cena grotesca e dantesca é resultado deste falso bom mocismo que nos acomete. Aliás, esses 500 devem gostar muito da música do pequeno quadrúpede, e até praticar a dancinha que nossas crianças aprenderam. No fundo, está tudo interligado. Precisamos de rédeas, inclusive neste cavalinho.

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21 COMENTÁRIOS

  1. O nome da escola é Luís Carlos Prestes. Já começa errado por aí. O que vocês esperavam que acontecesse num buraco com esse nome ? Sinceramente né ? Comunista bom é comendo grama pela raiz.

  2. É preciso esclarecer que todas as pessoas que apóiam a cultura do caralho, do putrefato, do marginal e do escroque geralmente nunca viram os córneos do papai e não sabem o paradeiro da mamãe desde quando a arrombada era aproveitável em cima de uma cama. Ou seja, no Brasil existe um imenso contingente de párias e bastardos rejeitados que são como um câncer em meio ao tecido social. Essa constatação me fez mudar o meu posicionamento acerca do aborto. Hoje sou um ardoroso apoiador desta prática objetivando um descréscimo na população molamba e bastarda, esses que são molestados na infância por irmãos, padastros e primos e na adolescência estão no crime a na prostituição!

  3. O funk não é “patrimônio cultural imaterial” da cidade? Então estão reclamando de quê? Essa é a realidade que vivenciamos no dia a dia, criada por nossos pseudoeducadores e formadores de opinião. Agora só nos resta aguentar.

  4. A prefeitura tem feito dos espaços públicos verdadeiros cabides de emprego, indicação, e os servidores ficam sem voz , estão tendo que engolir essas contratações de serviço , será q a diretora teria condições de recusar a ida do grupo? Pesquisem quais os profissionais estão sendo contratados para os abrigos.Sem concurso, e indicados políticos.

  5. Só aplausos para o colunista, pois isso já vem acontecendo a bastante tempo e, nós, sociedade, fazendo vistas grossas, basta dessa patifaria e sugação de verba q deveria ser usada para educar e não vandalizar. Um absurdo exibir uma put…. dessas as nossas crianças nas escolas (públicas e particular) p esses inocentes, basta !

  6. Quando vi o vídeo, claro que fiquei chocado, apesar de saber que é isso que o governo procura fazer para idiotizar os jovens. Porém, confesso que o que mais me chocou foi a fala desse prefeito, que é totalmente à favor do atual presidente, dizendo que é contra o Show, e todos nós sabemos que ele não esconde as preferências dele. Estão destruindo o Rio, e o Brasil.

  7. O pior que isso está no Brasil inteiro. Essa é a educação que as universidades estão criando. O que foi publicado neste vídeo é a rotina dos cursos de educação universitários. Essa é a mentalidade circulante no seio das universidades.

  8. O fim mesmo,e aqueles marmanjos de vestido,ainda tem bobo falando de papo furado de joia.enquanto eles vao entrando de sola,por mim pode virar tudo guei e sapatao,acho que o povo tem o que pede.

  9. As famílias centradas, estruturadas, com valores não admite uma vivência dessa em seu lar, e se preocupa que o ambiente pedagógico se reflita da mesma forma. Por isso essa educação pública que deveria ser a melhor, está lotada de pessoas que estão ali para garantir dinheiro, status, regalias que o serviço público oferece e a tão falada falta de fiscalização que favorece muitos acontecimentos. Quem é servidor público, sabe do que estou falando e quem é sério e não está no poder vai concordar!

  10. Excelente matéria!
    Aguardemos as providências das autoridades e fiscalização efetiva nas escolas, para que as crianças não sejam expostas a essas aberrações que insistem em chamar de cultura.
    ??????? ????: ????????? ?? ??? ??? ????? ? ?????????? ????????.

  11. Logo ao avistar o enunciado eu me identifiquei com a escrita, gosto da forma como o Quintino não mede palavras e não se contém, mas com toda a disciplina que ele tem nos passa a informação de forma que até irreverente.
    Sobre nosso sistema educacional, isso é muito lamentável, eu sou mãe trabalho pra colocar meu filho em uma escola de bom ensino pois meu medo é esse, lacração no ensino, uma libertinagem que se reflete no comportamento das crianças dentro da escola e fora, sem contar que nós pais e sociedade só esperamos e pedimos qualificação da equipe pedagógica de ensino. Isso é só o básico pra eles começarem a trabalhar. Imagino o quanto vou enfrentar ao ingressar na carreira ou talvez nem aconteça pois me parece que não me enquadro no padrão de ensino atual.

  12. Nada do que essas crianças já não tenham visto no dia a dia vivendo nas comunidades.

    A lacração dos cidadãos de bem é maior do que o de fato ocorreu.

    Menos…bem menos…

    Mas vale pelo engajamento e terrorismo do good citzen kkk

  13. A SECRio está ensinando a cultura atual: Arte por música tem que ter na letra “novinha” e “senta”. “rebola” também. Sem isso não tem graça. O “Cavalo tarado” é uma mulher, acompanhado de “dançarinas” cujo sexo de nascimento ainda é o masculino. Uma confusão enorme na cabeça de crianças que iniciam a entender e aprender exemplos como esses, tirando da família o direito de decidir como o filho deve ser instruído de acordo com a cartilha anti-horário. Viva a diversidade!

  14. Li a matéria, muito bem escrita, com português muito bom e bom senso. Porém, as propagandas que vieram junto da matéria, mostravam exatamente a mesma cena do vídeo citado. No mínimo contraditório. Quem verifica as propagandas veiculadas nesse site?

  15. o funk é uma manifestação artística autêntica do carioca, como é a maconha, crack e demais porcarias que todos usam, inclusive a “oposição” ao prefeito. mesma oposição que rouba jóias pertencentes ao governo federal e trafica drogas em avião de igreja…. chega de hipocrisia da “direita” e a da “esquerda”, q s a face da mesma moeda: incompetentes, corruptas e preconceituosas.

    • Nossa, quanto ódio e preconceituosa com cariocas.
      Não faço nada e nem nunca fiz (das coisa que mencionou).
      No entanto, a escola deveria ser um reduto para as crianças, tanto no sentido de segurança, educacional, alimentar e cultural (só que em um nível um pouco mais elevado). Se é para o aluno ver na escola apenas a realidade da periferia, para que mandar para a escola?

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