Está em tramitação na Câmara de Vereadores do Rio a proposta de cinco vereadores (Gabriel Monteiro (PSD), Pedro Duarte (Novo), Celso Costa (Rep), Vitor Hugo (MDB) e Dr. Rogério Amorim (PSL)) para liberar, no território urbano da Cidade, a possibilidade de produção de armas de fogo! Desde 1991, a Lei Orgânica do Município, em seu art.33*, proíbe que, no território da Cidade, – que é todo urbano -, sejam produzidas e comercializadas armas de fogo e fogos de artifício. É uma ótima visão, que perdura até hoje, para facilitar a construção de um futuro de paz para a cidade.
Qual a motivação desses cinco parlamentares ao acharem que esta cidade, centro de milícias, precisa permitir em seu território a produção e comercialização de armas ? A quais interesses esta iniciativa serve? Não é difícil imaginar. Mas, sem dúvida, representa um enorme retrocesso numa cidade que sequer tem território para produzir alimentos. Precisamos sim, de centros de produção de remédios, vacinas, tecnologia de ponta e indústrias criativas, entre outros.
A proposta de emenda à Lei Orgânica está na pauta para votação. E, como emenda à Lei Orgânica, não irá sequer à sanção ou veto do prefeito. Precisa de dois terços dos votos dos vereadores, ou seja, demanda que 34 dos 51 vereadores a aprovem. Quem irá colocar a mão nesta cumbuca?
Vamos ficar de olho em quais vereadores se colocam favoráveis à bala e à facilitação da violência.
Por oportuno, e sobre o assunto, a palavra do Papa Francisco. Que ela se faça ouvir pelos vereadores, já que, neste caso, sequer estão consultando a população.
Art. 33 Não serão permitidas a fabricação e a comercialização de armas de fogo ou de munição nem de fogos de artifício no Município, sendo a utilização destes últimos permitida em casos especiais, sempre por instituições e nunca por indivíduos isolados, na forma que estabelecer ato do Prefeito
Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.
A dona Sônia só vem aqui no jornal pra dizer desatinos. Qual o problema de produzir armamento?! Esta cidade e este estado precisam de negócios que gerem renda para fazer nosso povo sair do buraco. Precisamos de empregos e não de blablabla de servidora pública. A Lei Orgânica ao proibir a fabricação aqui enterra-nos no bom-mocismo sem eficácia prática. Que a câmara a mude!