‘Rainha dos Reboques’ é alvo de operação contra fraudes em leilões

Polícia Civil do Rio procura detalhes sobre fraudes nos leilões organizados por Priscilla Santos, a rainha do reboques; a defesa da empresária afirmou que a operação “é mais um ato ilegal e precipitado do Estado” contra ela

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Foto: Reprodução/Redes sociais

Nesta quarta-feira, (08/06), acontece a Operação Arremate, deflagrada pela Polícia Civil do RJ, e a empresária e influenciadora digital Priscilla Santos, conhecida como a “Rainha dos Reboques”, é alvo de buscas.

Os agentes da polícia procuravam detalhes sobre possíveis fraudes nos leilões organizados por Priscilla. A defesa da empresária afirmou que a operação “é mais um ato ilegal e precipitado do Estado” contra ela.

Agentes da Delegacia de Defraudações saíram para cumprir oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Priscilla, no Rio e na Baixada Fluminense. Um dos endereços é a casa dela, no condomínio de luxo Mansões, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Pessoas que estavam na residência afirmaram não saber onde Priscilla estava e até a última atualização desta reportagem, ela não tinha sido encontrada.

Priscilla é proprietária da Rebocar, uma das maiores empresas de reboques do país, e ostenta uma vida de glamour nas redes sociais.

Em 2019, a Rebocar Remoção e Guarda de Veículos, com sede em Guarapari, no Espírito Santo, firmou um contrato com o Detro — o departamento estadual que fiscaliza os transportes rodoviários — para prestar serviços de reboque, guarda e leilão de veículos apreendidos. O valor era de R$ 25 milhões para o Lote 1, que contemplava as cidades do Rio, Niterói e São Gonçalo.

Em abril, o RJ2, da empresa Globo, revelou que a firma devia a funcionários e a contratantes. Só com o Detro, o montante chegou a R$ 5 milhões, em arrecadações de leilões não repassadas.

Nas redes sociais, Priscila Santos se defendeu alegando que investiu seu capital no contrato e que o Detro parou de apreender os veículos. E como muitos outros empresários, sofreu perdas durante a pandemia.

A delegacia especializada tinha aberto ainda em abril um procedimento contra Priscilla e a Rebocar para apurar possíveis estelionato e organização criminosa. No Rio, a empresária não deu calote apenas em funcionários, que ficaram sem salários. A Rebocar também era responsável pelos leilões dos carros que não eram recuperados nos pátios para onde os veículos eram levados a mando do Detro. Priscilla vendeu todos os carros, mas não repassou um centavo aos cofres públicos.

E mesmo alguns automóveis arrematados não eram entregues. Uma compradora afirmou ter dado R$ 26 mil num lance supostamente vencedor, mas um ano se passou, e o Logan jamais foi entregue.

Ex-funcionários e amigos também são alvo da operação.

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