Um dos maiores patrimônios da torcida do Botafogo vai aos poucos desaparecendo em frente à sede do Clube, em General Severiano. O maior de ídolos, que homenageia os grandes jogadores da história do alvinegro carioca, começou a ser “coberto” por causa das obras de revitalização do Canecão, casa de shows que pertence à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e será reaberta no bairro em 2026.
As homenagens aos jogadores marcantes na história do clube começaram em 2007 em uma ação de torcedores. Desde então, o muro dos ídolos virou uma atração de General Severiano, sede social do Alvinegro.
Primeiramente, as imagens dos ídolos presentes no muro estão sendo cobertas por placas de ferro pretas. Não está descartada a possibilidade de uma parte ser demolida para acelerar as obras.
O projeto de revitalização do Canecão existe desde 2022. Torcedores do Botafogo tentaram levantar um projeto pelo tombamento do muro dos ídolos, sem sucesso.
Nomes como Túlio Maravilha, Garrincha, Didi, Loco Abreu, Wagner, Heleno, Nilton Santos e Jairzinho estão pintados no muro.
Muro de ídolos irá migrar para o Nilton Santos
Um Projeto de Lei apresentado na Câmara do Rio pelo vereador Rafael Aloisio Freitas (PSD) pede o tombamento do Muro dos Ídolos do Botafogo. Na proposta, o parlamentar usa como justificativa pela preservação do espaço o “relevante valor histórico e desportivo” do muro.
O vereador, inclusive, participou de reunião com o consórcio Bonus Klefer, responsável pela concessão do Canecão. A convite do político, estiveram também presentes Rafael Mois, líder da torcida Loucos pelo Botafogo, e o artista plástico Tadeu Tnak, que assina o Muro.
Segundo Rafael Aloisio, o consórcio se comprometeu em contemplar a torcida do Botafogo com um novo muro, ainda maior, na fachada do Estádio Nilton Santos, na Rua das Oficinas. O novo mural, com mais espaço e pinturas maiores, também será executado pelo artista Tadeu Tnak.
Volta do Canecão
A tradicional casa de shows localizada em Botafogo, na Zona Sul do Rio, está fechada desde 2010. O consórcio Bonus Klefer, composto pelas empresas Bonus Track Entretenimento e Klefer, venceu o leilão que ocorreu em fevereiro de 2023, oferecendo R$ 4,35 milhões, e ganhou o direito de usar o espaço, que pertence à UFRJ, por 30 anos.
Pelo acordo, o consórcio também precisará fazer intervenções que chegam a R$ 137,7 milhões em todo o projeto, sendo R$ 53,7 milhões nas instalações acadêmicas e R$ 84 milhões na parte cultural. O consórcio calcula o total do investimento em R$ 170 milhões.
A empresa diz que “tem o objetivo de preservar sua rica história enquanto reconstrói o espaço, para atender às expectativas do público contemporâneo”.
