Nas ruas do Rio de Janeiro, não há outro assunto senão o calor intenso que tem castigado a cidade nos últimos dias. Com a temperatura beirando os 40 graus, todos já estavam cientes do calorão que se abatia sobre a cidade. No entanto, o que surpreendeu muitos foi a sensação térmica que alcançou incríveis 62,3 graus, marcando um recorde para o ano de 2024, conforme alerta emitido pelo órgão responsável, o Alerta Rio.
Entre os bairros mais afetados estão Bangu, Santa Cruz e Irajá, conhecidos por suas altas temperaturas. Entretanto, o Rio também abriga verdadeiros oásis de frescor espalhados por suas zonas norte, sul e central. Isso se deve à abundância de áreas verdes, proximidade de reservas e parques ambientais, bem como à influência do mar.
Alto da Boa Vista
No topo da lista desses refúgios está o Alto da Boa Vista, um bairro encravado na imensidão da Floresta da Tijuca, uma das maiores florestas urbanas do mundo. Com uma altitude média de 300 metros acima do nível do mar e cercado pela exuberância da Mata Atlântica, o Alto da Boa Vista registra as menores temperaturas da cidade em todas as épocas do ano. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1966, a menor temperatura registrada foi de 6,7°C em 28 de junho de 1994, enquanto a maior atingiu 38,5°C em três ocasiões distintas.
Jardim Botânico
O bairro do Jardim Botânico também figura entre os bairros que oferecem alívio do calor intenso. Situado aos pés da Floresta da Tijuca, o bairro abriga não apenas o histórico Jardim Botânico do Rio de Janeiro, mas também parte da reserva do Parque Lage. Essa concentração de vegetação e a proximidade com a Lagoa Rodrigo de Freitas garantem ao Jardim Botânico uma temperatura mais amena em relação à média da cidade.
Grajaú
Grajaú, um bairro bucólico com raízes históricas, erguido ao sopé do Maciço da Tijuca, também oferece um refúgio contra as altas temperaturas. As ruas arborizadas, adornadas por árvores centenárias, e a presença do Parque Estadual do Grajaú contribuem para manter as temperaturas em níveis mais confortáveis.
Santa Teresa
Santa Teresa, situado no alto de uma serra entre as zonas sul e central da cidade, proporciona uma vista privilegiada e recebe ventos frescos da Baía de Guanabara. Entre as construções históricas, as áreas verdes, como parte da Floresta da Tijuca, ajudam a refrescar as ladeiras íngremes do bairro.
Humaitá
Por fim, o bairro de Humaitá destaca-se pelo planejamento geográfico que privilegiou o plantio de árvores, criando um ambiente mais fresco e agradável. A presença da reserva ambiental no Parque do Martelo, aos pés da Floresta da Tijuca, e os ventos que chegam da Baía de Guanabara contribuem para tornar Humaitá um corredor de ventilação até a Lagoa Rodrigo de Freitas.
Por mim. Teria que ser tolerância zero em relação à invasão de terras e desmatamento para construção irregular, as paisagens verde, estão sendo trocadas por aglomerados de concreto
Estão cortando muitas árvores aqui na Ilha do Governador, por isso o calor só aumenta!!!
O Rio poderia ter muito mais áreas acessíveis com parques e reflorestamentos em vez de domínio do crime e desordem ocupacional, como a Serra da Misericórdia, a Serrinha q vai de Vicente de Carvalho a Madureira, Serra dos Pretos Forros até o Campinho, Morro dos Macacos, Morro da Mangueira, o Morro q fica margeado por Rocha Miranda e Turiaçu, a área ver do Catonho e arredores….todos poderiam virar parques reflorestados com áreas recreativas, educacionais, cada um com um batalhão florestal. Fora é claro a reurbanização das comunidades com urbanismo, fios elétricos aterrados, saneamento e paisagismo, tudo aprendido e feito pelos próprios moradores.
Não sei se é feito essa medição por média do bairro , achava melhor medir por rua . Aqui na rua Ituverava e na estrada do bananal fica um pouco menor que o resto do bairro talvez por ficar próximo ao Parque Nacional da Tijuca.