Expandir o sistema o Sistema de Alerta e Alarme Comunitário para chuvas fortes da cidade, hoje restrito ao entorno do Maciço da Tijuca e da Serra da Misericórdia, para todas as favelas da cidade, incluindo as localizadas no entorno dos maciços da Pedra Branca e de Gericinó, é proposta da candidata à Prefeitura do Rio em 2020, Renata Souza (PSOL). Em visita ao bairro do Cocotá, na Ilha do Governador, neste domingo, dia 01, ela disse que os alagamentos e insegurança que a população sofre a cada chuva revela o pouco caso das administrações.
Renata Souza disse que pretende implementar um sistema de alerta móvel compulsório, com o qual todos os dispositivos localizados no raio de abrangência de antenas de telefonia móvel em áreas de risco receberão automaticamente mensagens, independentemente de cadastro prévio.
Outra ação que será realizada por Renata Souza é investir na cultura da prevenção. Para tanto, vai criar um calendário anual de simulados presenciais com moradores das áreas de risco geológico e hidrológico. “Temos que ter uma cultura de prevenção a desastres nas regiões mais vulneráveis. Vamos treinar a rede de órgãos públicos e a população, priorizando os jovens nas escolas municipais, em especial moradores das áreas de risco. Todos devem saber como agir em caso de crise.”, afirmou Renata Souza.
Agentes comunitários
Outro programa que será criado é o de agente comunitário de defesa civil, com o objetivo de garantir atenção primária na proteção socioambiental das favelas da cidade, com participação direta da população local. Estudos deverão definir rotas de fuga prioritárias a serem utilizadas pelos moradores das áreas de alto risco. Essas serão a forma mais segura para chegar aos Pontos de Apoio do Sistema, com a instalação de sinalização e infraestrutura.
Na base do conjunto de ações estará a transformação da Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil (SUBPDEC) em Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil (SMDEC), com estrutura e capacidade de planejar e executar as políticas públicas de defesa civil. Em conjunto com a Empresa Municipal de Informática do Rio de Janeiro (Iplan-Rio), será desenvolvido um sistema de registro em tempo real de ocorrências operacionais na cidade, que será alimentado a partir de dispositivos móveis. Esse banco de dados será capaz de emitir relatórios completos dos impactos de desastres, para que seja possível rápida atuação.
Com a Fundação Instituto de Geotécnica (Geo-Rio), Renata Souza afirmou que adotará instrumentos para monitoramento em tempo real de deslizamentos. “Nossa equipe já fez os estudos preliminares e indica que, por meio de emissões acústicas, será possível aprimorar a detecção antecipada de movimentos de massa. É o que vamos fazer. O mesmo vale para a implementação, junto à Fundação Instituto das Águas (Rio-Águas) de monitoramento do nível dos corpos hídricos e detectaremos antecipadamente os riscos de inundações”.
Por fim, Renata Souza disse que adotará um sistema automatizado e descentralizado de acionamento dos alarmes sonoros, para reduzir possibilidades de erro humano na operação do sistema. Nessa operação estarão juntas o Iplan-Rio, a Geo-Rio e a Rio-Águas.
Renata Souza foi entrevistada pelo DIÁRIO DO RIO