Um edifício-garagem na Rua Buenos Aires, no Centro do Rio de Janeiro, será transformado em um novo empreendimento residencial no esteio do bem sucedido programa municipal Reviver Centro. O projeto prevê substituir a atual estrutura por um prédio misto, com apartamentos residenciais e espaço para lojas comerciais no térreo.
O imóvel, situado na Rua Buenos Aires, está integrado ao corredor cultural da cidade. A transformação faz parte das ações de retrofit que vem sendo estimulasse pelo programa Reviver Centro, que tem como objetivo revitalizar e recuperar urbanisticamente a região central, impulsionando aspectos culturais, sociais e econômicos.
A edificação que substituirá o edifício-garagem, situado no número 353, terá 112 apartamentos e nove lojas, e já está em construção. O outro prédio, no número ainda ocupado pelo edifício-garagem Wadih, também será residencial, com projeto prevendo 167 unidades habitacionais e espaços comerciais no térreo.
Recentemente o DIÁRIO contou o curioso caso do Edifício Garagem abandonado na rua Alexandre Mackenzie, nas imediações da Rua da Conceição. O prédio garagem, de mais se 20 andares, foi fechado após ter seus elevadores furtados por cracudos e automóveis estão ainda distribuído por seus andares, sem que os donos possam retirá-lo. Além da diminuição do uso de estacionamentos privados com a chamada uberização, e também com o crescimento no uso de transportes públicos como o VLT e a criação de estacionamentos subterrâneos, o prédio passou a sofrer também com a saída e o home office de empresas que ficavam na região, como a Embratel e a OI. A área, que hoje também sofre com a realojamento das empresas para outras partes consideradas mais nobres do Centro, era muito movimentada, embora lentamente esteja se recuperando principalmente com os incentivos econômicos do Porto.
”Embora pareça lógico transformar alguns prédios garagem ociosos em apartamentos, isso às vezes é dificultado pelo baixo pé direito de grande parte destas edificações. Muitas têm, de laje a laje, menos de 2,20m, o que dificulta a transformação pra Residencial”, explica Lucy Dobbin, da Sérgio Castro Imóveis, maior vendedora de imóveis da região central. A corretora explica que por um período que durou até até os anos 1990, para lançar um novo empreendimento no Centro era preciso que tivesse garagem, ou que fosse vinculado a uma garagem num local diferente. Com o fim desta exigência e a queda na centralidade da região, a exigência se transformou em handicap: “vagas bem localizadas que custavam 140 mil cada uma agora são vendidas por 40.000”, diz.
Não adianta nada fazer retrofit ou empreendimentos novos se não tem segurança. Têm também na Rua Rodrigo Silva e no prédio da antiga Mesbla. Essas regiões se durante o dia precisam de atenção da segurança, imagina a noite que é mais deserto ainda. Quem for sair ou chegar a noite tem que ser de carro.
Os cracudos que roubaram esses elevadores devem ser os mesmos que levaram as vigas da perimetral…Isso é coisa de profissa, desculpe mas essa não dá pra aceitar. Se melhorarem esse imóveis, ótimo. Só espero que as obras não hibernem como o Vargas que está praticamente pronto, “100% vendido”, mas ainda no mercado esperando seus donos. Não esqueçam das estruturas de manutenção como comércio e escolas.
Isso ai. Estão fazendo retrofit em vários imoveis como o antigo Mesbla, na Rua Rodrigo Silva e próximo a Pedra do Sal, mas nao adianta se nao tem segurança pública a noite.