Essa semana o papo na coluna de entrevistas Rio com Bia é com Samuel Barros, reitor do IBMEC e um entusiasta da Inteligência Artificial. Abaixo, um pouco de tudo o que falando no podcast. Leia e não deixe de ouvir a entrevista!
Samuel Barros – reitor do IBMEC e carioca de coração. Gente, carioca de coração pode ser aquele que passa mais tempo na cidade do Rio de Janeiro do que onde mora, no caso do Samuel, Niterói.
Aliás, como é o seu commuting? Você roda bastante né? Ponte, Barra, Centro do Rio. Você se estressa? Tem sabedoria pra andar pela cidade? Dicas pra bficar zen no trânsito rs? Começo falando nisso pq esse é um problema que aflige muitos cariocas e pessoas que moram em cidades vizinhas também. Na verdade, transporte, locomoção, engarrafamentos e contrafluxo são um problema global nas grandes cidades né?
No início, quando comecei a ir para o Rio todo dia, ia de Barca, depois comecei a ir de carro, aí me estressava, mas agora não me incomodo mais. Eu como bom morador de Niterói tento pegar o contrafluxo, que nem sempre é possível, mas em caso de engarrafamento aproveito para Apreciar a vista, que de cima da ponte tem um diferencial. Ouvir podcasts e audiobooks para continuar estudando. Recomendo, em caso de engarrafamento na ponte, ir para a parte mais próxima do costado da ponte e observar os barcos, o aeroporto, as ilhas, etc., tem muita coisa bonita que não vemos quando estamos estressados.
Vamos falar de IBMEC. Ele é hoje uma referência em negócios e inovação. Pode nos contar um pouco sobre projetos presentes e futuros?
O Ibmec é uma escola com mais de 50 anos de história. Nascemos no mundo dos negócios e temos muito orgulho disso. Assim como os negócios, nós, evoluímos com o tempo e hoje temos uma veia tecnológica muito forte que compartilha a nossa atenção com as veias tradicionais de economia e finanças, administração e direito. Temos uma aceleradora de empresas na nossa estrutura, temos formação em IA para alunos de todos os nossos cursos, temos uma escola de publicidade com foco em Business, temos uma escola de tecnologia que prepara engenheiros de software, de computação, cientistas de dados e escola de arquitetura e engenharia que foca no desenvolvimento dos negócios, cidades e aplicações práticas. Nós construímos o futuro abraçados na tecnologia. Temos IA em todos os cursos e estamos preparando nossos alunos para daqui a 5, 10 ou 15 anos. Focados em entregar mais para a sociedade.
Você é um entusiasta de novas tecnologias incluindo a IA. Falou disso na Rio Innovation Week, no mesmo painel que eu inclusive, e sempre que pode debater o tema. Como você vê a IA na educação superior e pra onde você vez o mundo indo nesse sentido?
O professor de ensino superior, por conta do avanço tecnológico, hoje precisa ser muito mais um curador, tutor, alguém que sirva como um guia, que ensine o estudante a saber escolher qual é a informação correta, do que um detentor puro do conhecimento. Isso nos faz observar a necessidade de aprodundar o conhecimento em novas tecnologias. O professor sempre será necessário em sala de aula, sempre será um dos agentes da aprendizagem, mas ele precisa de atualizar, precisa estar presente com as novas formas e novas tecnologias. O aluno já é um nativo digital e um nativo em IA, o docente precisa conhecer dos temas para poder usar isso a seu favor. Ganhar em tempo, em qualidade de vida e em profundidade para ensinar.
Falando de tecnologia, inovação e sustentabilidade, como essas novas abordagens podem ajudar a economia do Rio de Janeiro, não só a cidade, mas o estado?
O trabalho que o time do prefeito Eduardo Paes está fazendo com esse foco é muito bom. Vejo as ações da secretaria do Chicão Bulhões, da secretaria do Chalita e etc., e percebo uma real preocupação em fazer a cidade gerar novas divisas. O Rio é uma cidade que possui diversos centros de excelência, públicos e privados. Temos muita construção de conhecimento na cidade e no estado. Podemos fazer a economia crescer muito, mas para isso é necessário investimento público, privado e vontade da sociedade que tudo dê certo.
Você trabalha boa parte do seu tempo no coração do centro da cidade. Como vê os projetos relacionados à revitalização do centro do Rio. Alguma ideia a acrescentar?
Tenho gostado do que tenho visto. Mas revitalizar é um processo lento. Não será do dia para noite que voltaremos a ter um centro vivo e ativo. Já observo boa movimentação durante o dia, mas a noite ainda está bem morto o centro da cidade. Torço que as ações surtam efeito rápido e tudo melhore. O Rio merece um centro histórico bonito, bem cuidado e vivo.
Falando em lugares, quais são os seus spots favoritos pra visitar, curtir, se divertir ou descansar? Que dicas de lugares bacanas você daria pra quem chegar, seja no Rio ou nos seus arredores?
Bem, gosto muito de jantar na Marina da Glória. Tem uma vibe magnífica. Gosto bastante também da Urca. Quando falamos de Niterói, vale muito a visita na Fortaleza de Santa Cruz, lugar muito especial para mim, e em termos de praia, não posso deixar de levantar Itacoatiara.
Por fim, qual é o seu maior desejo pro Rio de Janeiro? Alguma utopia que você tenha pra cidade?
Tenho muitos. Sou apaixonado pela cidade. Mas se for para escolher um, gostaria de ver o Rio mais seguro. E se me dão direito a um segundo desejo, seria muito bom se o Rio cuidasse do patrimônio histórico que ele tem. Grandes casarões, prédios históricos, a Leopoldina que está abandonada, o Rio tem tanta coisa histórica bonita, deveria cuidar mais.
A entrevista: