A ESPM lançou o Índice de Desenvolvimento Potencial da Economia Criativa (IDPEC), uma metodologia que avalia o potencial econômico de 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal com base em negócios ligados à economia criativa. O índice faz parte das comemorações dos 50 anos da ESPM Rio e utiliza dados dos últimos oito anos, analisando variáveis como educação, segurança urbana, empreendedorismo e conectividade digital.
Rio de Janeiro cai no ranking, mas pontuação sobe
Apesar de ter somado mais pontos em 2023 do que em 2019 — passando de 0,43 para 0,47 — o Rio de Janeiro caiu da 15ª para a 19ª posição no ranking geral, impactado pelo crescimento de outras capitais. O estudo aponta que, para melhorar seu desempenho, a cidade precisa avançar nas áreas avaliadas pelo índice, como educação básica, ensino superior, segurança e empreendedorismo.
O dado mais preocupante para o Rio de Janeiro foi a queda na qualidade da educação básica, onde a cidade ocupa a última posição no ranking de 2023, apresentando um declínio constante desde 2017. No entanto, o gasto per capita em cultura aumentou de R$ 26,96 em 2017 para R$ 39,73 em 2023, apesar da cidade cair da 5ª para a 14ª posição nesse quesito.
Florianópolis lidera o índice
Enquanto o Rio enfrenta desafios, Florianópolis aparece como a capital mais bem preparada para desenvolver negócios criativos, liderando o IDPEC com 0,91 pontos. A cidade foi seguida por Vitória (0,83) e Curitiba (0,76), que se destacaram em variáveis como ensino superior e conectividade digital.
Metodologia do IDPEC
O IDPEC analisa três grandes dimensões: Capacidades Humanas, que avalia os efeitos da educação no desenvolvimento da economia criativa; Atratividade e Conectividade Espacial, que examina as cidades como espaços atrativos e conectados; e Ambiente Cultural e Empreendedorismo Criativo, que leva em consideração o impacto das atividades culturais e o ambiente de negócios para empresas criativas.
O coordenador do Programa de Pós-graduação em Economia Criativa da ESPM, João Luiz de Figueiredo, destaca a importância do índice:
“O índice é uma ferramenta que pode ajudar no planejamento de políticas públicas para que as cidades brasileiras assumam a vanguarda da economia criativa.”
Desafios do Rio de Janeiro
O desempenho abaixo da média do Rio de Janeiro em áreas críticas como educação e segurança urbana aponta a necessidade de melhorias estruturais. Em conectividade digital, o Rio ficou atrás das principais capitais do Sul, com Florianópolis, Curitiba e Porto Alegre liderando esse indicador.
Apesar disso, o Rio de Janeiro ainda figura em 4º lugar na variável relacionada à população com ensino superior, atrás de Florianópolis, Vitória e Brasília. O estudo destaca que o crescimento da economia criativa depende de investimentos em educação e conectividade, áreas em que o Rio precisa avançar para recuperar posições no ranking.
Ranking das cidades mais criativas do Brasil (2023)
- Florianópolis (SC) – 0,91
- Vitória (ES) – 0,83
- Curitiba (PR) – 0,76
- São Paulo (SP) – 0,72
- Brasília (DF) – 0,71
- Palmas (TO) – 0,66
- Goiânia (GO) – 0,66
- Belo Horizonte (MG) – 0,62
- Porto Alegre (RS) – 0,61
- Cuiabá (MT) – 0,60
O Rio de Janeiro ocupa a 19ª posição com 0,47 pontos.
Carioca é aquele bon vivant, tão bem interpretado pelo prefeito Paes, que frequentemente se deixa fotografar em malandras rodas de samba , com um copo de cerveja na mão. O resultado é que os setores que vemos mais crescer na cidade são farmácias , eventos e bares ( que invadem praias, calçadas e até ruas).
Para gerar um ambiente de negócios criativo é preciso muito mais, a começar pela seriedade.
O 19o. lugar é perfeito para o Rio.