O mercado de trabalho formal no Rio de Janeiro apresentou desaceleração no segundo semestre de 2024, apesar do saldo positivo de 13.810 vagas criadas em novembro. A análise é da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
No acumulado do ano, o estado registrou 162.396 novas vagas, praticamente o mesmo número do mesmo período de 2023. O primeiro semestre teve um ritmo de contratações 21,7% superior ao do ano anterior, mas o segundo semestre apresentou queda de 18,2% na geração de vagas.
“Embora o resultado do ano seja positivo, a desaceleração no segundo semestre reflete os impactos de fatores como juros elevados, inflação persistente e incertezas fiscais, que afetam diretamente a confiança do empresário e o ritmo de contratações”, destaca Jonathas Goulart, economista-chefe da Firjan.
Setores em destaque:
De janeiro a novembro, o setor de Serviços liderou a geração de empregos, com 98.422 novas vagas, seguido pela Indústria (41.182) e pelo Comércio (23.114). A Agropecuária foi o único setor com saldo negativo (-322).
Comércio lidera em novembro:
Em novembro, o Comércio foi o setor que mais contratou, impulsionado pelas vendas de fim de ano. Lojas de vestuário, calçados e hipermercados foram os destaques. O setor de Serviços também apresentou bom desempenho, com destaque para restaurantes e transporte rodoviário de carga.
Análise regional:
Dos 92 municípios do estado, 64 registraram saldo positivo na geração de empregos em novembro. A capital, Rio de Janeiro, liderou o ranking, com 6.835 novas vagas.
