No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro, o governo do estado do Rio de Janeiro lançou o Censo Inclusão RJ, um programa permanente voltado para o mapeamento das necessidades das pessoas com deficiência. O objetivo é reunir informações detalhadas sobre esse público para orientar a criação de políticas públicas eficazes e inclusivas.
O lançamento foi marcado pela sanção da lei que institui o censo e pelo decreto que cria um comitê interdisciplinar para monitorar e acompanhar as etapas da pesquisa. A iniciativa foi apresentada pelo governador Cláudio Castro, que destacou a importância do programa para a inclusão social.
— Estamos celebrando a criação deste programa que vai nos dar as informações que precisamos para atender melhor essa população. Estamos avançando para garantir que todos tenham visibilidade — afirmou o governador.
Foco no mapeamento detalhado
O Censo Inclusão RJ utilizará um cadastro online, com foco em quatro pilares principais:
- Quem são as pessoas com deficiência.
- Onde estão localizadas.
- Quantos são.
- O que precisam.
O formulário, acessível por meio do portal www.rj.gov.br, foi desenvolvido pelo Proderj, com funcionalidades que garantem acessibilidade digital, como navegação otimizada para pessoas com deficiência visual e auditiva.
Etapas do cadastro
O censo será realizado em duas etapas:
- Cadastro inicial: preenchimento de informações básicas pela pessoa com deficiência, familiar ou responsável legal.
- Formulário detalhado: envio de um link para coleta de dados mais específicos, como informações sobre condições habitacionais, educacionais, de acessibilidade, saúde, renda, cultura e lazer.
Além do formato online, haverá pontos de atendimento presencial em locais estratégicos para ampliar o acesso ao programa.
Objetivos do programa
Coordenado pela Subsecretaria de Políticas Inclusivas, vinculada à Secretaria da Casa Civil, o programa tem como metas:
- Combater o capacitismo.
- Fomentar a acessibilidade.
- Promover a inclusão e a cidadania.
- Proteger os direitos das pessoas com deficiência.
— O Censo Inclusão é um marco para a inclusão, equidade e garantia de direitos. Mais que dados, é um compromisso com a cidadania — destacou a subsecretária Bianca Pacheco.
Banco de dados único e integração de políticas públicas
Os dados coletados serão reunidos em um banco de dados único, permitindo o cruzamento de informações entre diversos órgãos do estado. A ideia é facilitar o acesso das pessoas com deficiência a políticas públicas inclusivas e reduzir desigualdades.
O programa também contará com um comitê interdisciplinar formado por entidades estaduais, que terá o papel de monitorar o progresso das etapas e propor ações baseadas nos resultados.