Rio de Janeiro não atingiu meta para nenhuma das vacinas do calendário básico infantil

As vacinas que protegem contra poliomielite; difteria, tétano e coqueluche; hepatite B e pneumonia e meningite bacterianas não chegaram à metade da população-alvo

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Foto: Divulgação/SMS

Crianças menores de 5 anos que vivem no Estado do Rio de Janeiro estão vulneráveis a contrair sarampo, caxumba, rubéola, tétano, difteria, coqueluche, meningite C, hepatite A, hepatite B e outras doenças evitáveis que podem levar à morte e gerar sequelas graves, devido à baixa cobertura vacinal registrada em 2022. A conclusão é de levantamento do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância) que analisou dados preliminares do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). O estudo aponta que o estado do Rio de Janeiro não chegou à meta estipulada pelo Ministério da Saúde para nenhuma das vacinas do calendário básico infantil e está abaixo da média nacional em todos os imunizantes.

A coordenadora do Observa Infância, Patricia Boccolini, explica que a meta anual é vacinar 90% dos bebês menores de 1 ano com a BCG. Para a febre amarela, a meta é 100%, enquanto para os demais imunizantes do calendário básico a meta estipulada pelo Ministério da Saúde é 95%.

No Estado do Rio de Janeiro, até o fim de novembro, apenas 75% dos bebês que deveriam ser imunizados com a BCG, que protege contra formas graves de tuberculose, receberam o imunizante. O cenário fluminense contrasta com a média nacional, que chegou a 92%, colocando a BCG como a única vacina do calendário básico infantil a cumprir o preconizado pela pasta”, aponta a pesquisadora.

As vacinas que protegem contra poliomielite; difteria, tétano e coqueluche; hepatite B e pneumonia e meningite bacterianas não chegaram à metade da população-alvo no Rio de Janeiro. Em território fluminense, a situação é ainda mais preocupante em relação ao sarampo: apenas 28% dos bebês que deveriam ser vacinados receberam a segunda dose do imunizante na idade recomendada. As coberturas vacinais do estado também são extremamente baixas para febre amarela (41%); catapora (34%) e hepatite A (31%).

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Patricia esclarece que o levantamento é preliminar, pois o ano de 2022 ainda não está fechado e os municípios têm até 2024 para registrar dados no sistema de informações do Ministério da Saúde.

Os dados foram coletados em 28 de novembro de 2022. Para o cálculo da cobertura vacinal em crianças menores de 1 ano, o Observa Infância considera o número de doses aplicadas naquele ano e o número de nascidos vivos no ano corrente, segundo o Sistema Nacional de Nascidos Vivos (Sinasc). Para crianças que já completaram 1 ano, a estimativa é baseada no número de nascidos vivos do ano anterior menos o número de óbitos de menores de 1 ano registrados também no ano anterior, segundo o Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM). Os dados ainda podem sofrer alterações devido ao tempo necessário para o preenchimento.

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