O Rio de Janeiro está entre os seis estados com risco de aumento na incidência de casos de dengue em 2025, segundo o InfoDengue. Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Tocantins também estão sob observação. O Ministério da Saúde anunciou medidas para conter o avanço da doença em todo o país.
Apesar de o Rio de Janeiro ter registrado 166 casos prováveis de dengue até o momento, contra 4.237 na primeira semana epidemiológica de 2024, a previsão de aumento se baseia na continuidade do El Niño, que intensifica as condições climáticas favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Para combater a dengue, o Ministério da Saúde instalou o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses. O COE coordenará ações preventivas e de resposta a situações críticas, em diálogo com estados, municípios e instituições científicas.
Também foi lançado o Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika, com o objetivo de preparar o país para conter o avanço das doenças. O plano inclui orientações para a elaboração de planos regionais e municipais, considerando as especificidades de cada local.
O Ministério da Saúde anunciou ainda diversas ações de controle, como a expansão do método Wolbachia para 40 cidades, a implantação de insetos estéreis em aldeias indígenas e a instalação de 150 mil Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs). No Distrito Federal, 3 mil EDLs serão instaladas na região do Sol Nascente e em outras áreas periféricas.
Para implementar essas tecnologias e intensificar as campanhas educativas, o Ministério da Saúde destinou R$ 1,5 bilhão. Em 2024, o Brasil registrou 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e 6 mil óbitos. Até o momento, em 2025, foram notificados 16,3 mil casos prováveis e 16 óbitos em investigação, com 75,4% dos casos concentrados na região Sudeste.