Cinquenta e dois hospitais do Rio de Janeiro tiveram suas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) reconhecidas por excelência em atendimento, segundo a certificação promovida pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e pela Epimed Solutions. O estado ocupa a segunda posição no ranking nacional e do Sudeste, ficando atrás apenas de São Paulo, que conta com 81 hospitais certificados.
Entre os 304 hospitais brasileiros premiados na edição de 2025, 17% estão no Rio. Ao todo, 38 unidades fluminenses foram certificadas como Top Performer — categoria destinada às UTIs com os melhores indicadores de mortalidade e uso de recursos — e outras 14 como Eficientes, reconhecidas por desempenho acima da média.
A região Sudeste lidera com 162 UTIs certificadas, seguida pelo Nordeste (50), Centro-Oeste (49), Sul (27) e Norte (16). O levantamento considerou dados de 2024, a partir do Projeto UTIs Brasileiras, que avaliou 800 hospitais, sendo 352 públicos e 448 privados.
Entre os hospitais públicos do Rio certificados como Top Performer estão:
- Hospital Estadual Azevedo Lima (Niterói)
- Hospital de Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu (Paraíba do Sul)
- Hospital Municipal Henrique Sérgio Gregori (Resende)
- Hospital de Traumatologia e Ortopedia da Baixada (Nilópolis)
- Hospital Federal do Andaraí (Rio de Janeiro)
- Hospital Estadual Alberto Torres (São Gonçalo)
- Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart (São João de Meriti)
- Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia – INTO (Rio de Janeiro)
Já os públicos com selo de UTI Eficiente são:
- Hospital Estadual Prefeito João Batista Cáffaro
- Hospital Municipal Evandro Freire
- Hospital Universitário Pedro Ernesto – HUPE/UERJ
“Esses hospitais representam o que há de mais avançado em terapia intensiva no Brasil. São unidades que priorizam o cuidado seguro, medem resultados e buscam excelência clínica mesmo em contextos desafiadores”, afirmou Patrícia Mello, presidente da AMIB.
A certificação considera dois principais indicadores: Taxa de Mortalidade Padronizada (TMP) e Taxa de Utilização de Recursos Padronizada (TURP), ambos ajustados ao perfil de gravidade dos pacientes. Para obter o selo Top Performer, é necessário estar entre os 33% melhores desempenhos do país. Já o selo de UTI Eficiente é concedido às unidades que figuram entre o 33º e o 50º percentil.
Segundo a AMIB, houve um avanço expressivo na participação do setor público, com crescimento de 45% em relação à edição anterior. O setor privado teve aumento de 21%. “A evolução dos hospitais públicos mostra que é possível avançar, mesmo diante de limitações orçamentárias e estruturais”, avaliou Ederlon Rezende, presidente do Conselho Consultivo da AMIB.
A lista completa das unidades certificadas está disponível no site amib.org.br/utis-certificacao.