Rio e Lisboa acertam comemoraçõeses de 200 anos da chegada de João VI ao Brasil

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(EFE) Os prefeitos do Rio de Janeiro e de Lisboa, Cesar Maia e Antonio Carmona Rodrigues, respectivamente, avançaram hoje na organização dos atos comemorativos do segundo centenário da chegada ao Brasil do rei português Dom João VI, em 1808.

César Maia disse que a reunião foi um passo “importantíssimo” para organizar as comemorações, porque foi determinada a criação de uma comissão municipal lisboeta, que dará maior “agilidade” à realização do evento.

O prefeito carioca explicou que, em março, os representantes da comissão municipal do Rio de Janeiro irão a Lisboa para discutir os detalhes das comemorações, que começarão em 27 de novembro com a inauguração de uma exposição.

Em 27 novembro de 1807, o rei João VI fugiu com sua família das tropas napoleônicas e se instalou no Rio de Janeiro, onde viveu até 1821, transformando a cidade em nova capital brasileira e em sede da monarquia portuguesa.

Além de fugir para o Rio de Janeiro com toda a corte portuguesa, Dom João VI levou consigo para a capital carioca a biblioteca real, o primeiro banco oficial brasileiro, várias instituições e a cultura européia.

A exposição lisboeta terá como tema “Portugal, exportador de cidades”, e mostrará a influência da capital portuguesa em diversas localidades que fizeram parte do império português.

Em 7 de março de 2008, o Rio de Janeiro abrirá uma exposição na qual os visitantes poderão ver como era a cidade no começo do século XIX, quando era capital do império português, além de planos urbanísticos atuais.

As comemorações, que durarão um ano, incluirão eventos culturais simultâneos no Rio de Janeiro e em Lisboa, shows de música de época, edição de livros e pesquisas sobre o assunto, além de apresentações teatrais, disse César Maia.

O prefeito do Rio de Janeiro destacou a importância de “acoplar” as iniciativas das duas cidades e intensificar as atividades de Lisboa para o sucesso das comemorações.

“O carioca precisa estar consciente de que o Rio adquiriu a importância atual e é sinônimo de Brasil, para o bem e para o mal, a partir da chegada da corte portuguesa. Desde então, ganhou importância nacional, se transformou em capital política, deu identidade nacional e garantiu a unidade do país”, disse.

imag110204 Rio e Lisboa acertam comemoraçõeses de 200 anos da chegada de João VI ao Brasil

    Chegada da Família Real portuguesa ao Rio de Janeiro em 7 de Março de 1808

1999, Óleo sobre tela, 609 x 914 milímetros

Colecção particular

Quadro de Geoffrey Hunt (n. 1948), esteve em exibição no Museu Histórico Nacional e no Museu Imperial do Brasil. O Príncipe Regente D. João, a Rainha D. Maria II e a Corte embarcaram para o Brasil no dia 27 de Novembro de 1807, devido à 1.ª Invasão Francesa. A frota só se fará ao mar no dia 29.

Descrição:

O quadro representa, no centro, a nau Príncipe Real, onde tinham viajado a Rainha D. Maria I, o Príncipe Regente e os seus dois filhos, os infantes D. Pedro e D. Miguel, e o infante espanhol, D. Pedro Carlos de Bourbon, no momento em que acaba de fundear, usando a sua caranguejola, vendo-se o estandarte real a flutuar no mastro principal. Os pequenos botes ao redor da nau transportam personagens que não quiseram deixar de cumprimentar imediatamente a família real, já que o desembarque só se realizou no dia seguinte. Do lado esquerdo está a nau britânica Marlborough, que se encontrava na baía, a disparar uma salva, com a guarnição colocada nas vergas.

Do lado direito pode ver-se a nau Afonso de Albuquerque, que tinha transportado a princesa Carlota Joaquina e quatro das suas seis filhas, a começar a ferrar as velas preparando-se para entrar no vento e fundear. Atrás está a Medusa, que tinha transportado o ainda secretário de estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, António de Araújo de Azevedo, futuro conde da Barca, e a fragata Urânia, que escoltou o Príncipe Regente durante toda a viagem. Ao lado destas, a nau britânica Bedford, que tinha acompanhado a frota portuguesa desde as Canárias.

Mais à direita, na linha de costa o fumo branco representa a salva do forte de Villegaignon, que já não existe, vendo-se também – da esquerda para a direita – a costa de Niterói, a entrada da baía do Rio de Janeiro e o Pão de Açucar.

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