A possibilidade de sediar os Jogos Pan e Parapan-Americanos de 2031 reacendeu a esperança da construção da Linha 3 do metrô no Rio de Janeiro. A candidatura conjunta da capital fluminense com Niterói inclui, entre seus principais projetos, a construção do ramal que finalmente ligaria o centro do Rio às cidades vizinhas, através de um túnel submarino atravessando a Baía de Guanabara.
Para concretizar esse sonho, Rio e Niterói precisam superar a concorrência de São Paulo e ser escolhidas como sede brasileira do evento. A proposta oficial de candidatura será enviada ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) até o dia 16 de janeiro, e a decisão final do COB será anunciada em 29 de janeiro. Caso sejam escolhidas pelo COB, Rio e Niterói ainda terão que enfrentar a concorrência de Assunção, no Paraguai, na disputa pela sede do Pan de 2031. A decisão final será anunciada pela Comissão Desportiva Pan-Americana em agosto.
A Prefeitura do Rio já criou um grupo de trabalho para elaborar propostas e identificar soluções para as demandas de infraestrutura esportiva, urbana e de mobilidade. O secretário municipal de Esportes, Guilherme Schleder, afirma que a Linha 3 do metrô seria um legado incrível dos Jogos Pan-Americanos para a cidade.
A ideia de uma linha de metrô ligando o Rio a Niterói remonta à década de 1970, quando o sistema metroviário começou a ser construído na capital fluminense. No entanto, o projeto nunca saiu do papel. Em 2024, o governo do estado chegou a lançar uma licitação para estudos de viabilidade da expansão, mas o processo foi anulado pelo Tribunal de Contas Estadual.
Schleder destaca o legado dos Jogos Olímpicos de 2016 para a infraestrutura da cidade e a capacidade do Rio de sediar grandes eventos. “Acho que o Rio se tornou um espaço para receber grandes eventos internacionais para sempre. Não tem como ser sempre uma Olimpíada, ou um Pan-Americano, mas eles são um chamariz para muitos outros eventos menores”, disse o secretário, citando o Campeonato Mundial de Canoagem e o Campeonato Mundial de Ginástica como exemplos de eventos que impulsionaram o turismo na cidade.
O secretário ressalta a importância do turismo para a economia do Rio e afirma que a cidade está se candidatando a sediar uma grande variedade de eventos, de pequeno a grande porte. “Só de corridas, por exemplo, a gente recebeu mais de 300 no ano passado, e cada pessoa que vem correr no Rio paga hotel, restaurante, táxi, traz a família. Então, qualquer evento, seja de pequeno, médio ou grande porte, que esteja escolhendo lugar, a gente se candidata”, concluiu Schleder.
Infelizmente esse projeto chega tarde demais… Não existe mais esse fluxo que justifique a construção do metrô… A barcas rio-niterói está no deserto só.. o centro do Rio acabou… E não acho saudável facilitar uma mobilidade que já não tem tanta demanda… Nós precisamos de mais linhas de metrô na própria cidade.. interligando outros bairros… Precisamos resolver o problema das pessoas nas ruas… Mais importante que isso, existe um problema de falta de educação crônica na cidade. Uma desordem urbana sem precedentes… Tanto no Rio quanto em Niterói.
Niterói é outra cidade e não está vinculada ao Rio. As pessoas de Niterói vivem em Niterói, exceto algumas que ainda trabalham no Rio. O restante sempre ficou por lá. Portanto não existe essa necessidade. É até uma ironia esse pessoal falar em pan-americano. Isso tudo é uma piada.
Sou carioca, mas não tenho medo de afirmar que o estado do Rio é um fracasso total. Não haverá expansão do metrô até Itaborai porque os políticos governam para os empresários das empresas de ônibus. Enquanto o Rio mergulha nos engarrafamentos, ficam criando corredores para ônibus, o que se mostra inviável para acabar com as torturas dos engarrafamentos.
O metrô é a solução para o transporte de massa. Não deveria ser por causa de olimpíada ou outro evento esportivo a justificar o investimento não. Político que faz assim não merece estar ali.
Por serem as estações no subterrâneo e poucas saídas, dificulta a criminalidade de atuar. Não tem furto de cabos. Não se vê protesto com pneus queimados na via (que sendo energizada, por si só afasta).
Fora isso, menos frequente acidentes que afetem o deslocamento por tanto tempo.
São Paulo tem investimento permanente enquanto o Rio tem deixado de lado, em sentido oposto.
Quando um projeto de mobilidade tão vital pra uma metrópole importante (a segunda maior do maior país da América Latina) fica condicionada a escolha de ser sede esportiva, vemos o fracasso total de políticas públicas sejam sociais ou econômicas, e isso é um fracaso que tem que ser dividido por todos os grupos e grupelhos políticos e seus votantes apaixonados.